Jogadores do Botafogo relatam desconforto em voo para o Catar
O que deveria ser uma viagem de luxo acabou gerando insatisfação no elenco do Botafogo. O voo no avião emprestado pelo New England Patriots, do proprietário Robert Kraft, foi motivo de revolta entre jogadores e comissão técnica durante o trajeto de cerca de 15 horas entre o Rio de Janeiro e Doha, no Catar, onde o clube foi eliminado da Copa Intercontinental ao perder para o Pachuca por 3 a 0, na última quarta-feira (11).
Embora o empréstimo da aeronave tenha sido tratado como um gesto de cortesia por parte de Kraft, amigo de John Textor, controlador da SAF do Botafogo, o espaço no avião não agradou ao elenco. Os assentos eram, em sua maioria, apertados e inadequados para um voo tão longo. Jogadores relataram que algumas poltronas não eram reclináveis, e não havia assentos de três lugares disponíveis para todos os atletas descansarem adequadamente.
Segundo apuração do UOL, as poltronas mais confortáveis foram destinadas à diretoria do clube, enquanto alguns jogadores precisaram improvisar, deitando-se no chão ou tentando encontrar posições menos incômodas.
Uma situação chamou atenção: um atleta, que se deitou no corredor devido a dores nas costas, foi repreendido pela equipe de bordo, que destacou a necessidade de manter o caminho livre para o serviço de cabine.
O zagueiro Alexander Barboza não escondeu a frustração em entrevista após a partida. “O avião era fraco”, resumiu o defensor, reforçando o impacto que a longa viagem teve sobre o grupo em um momento de exaustão física, após uma sequência de jogos decisivos.
Além do desconforto, o desgaste físico acumulado foi apontado como um dos fatores para a eliminação precoce do Botafogo no torneio. A decisão de poupar titulares na partida contra o Pachuca também foi alvo de críticas