Maurício Souza revelou que a primeira experiência como treinador de futebol profissional não foi boa. Ele dirigiu o Vasco em 2022 com o objetivo de tirar o clube da Série B, depois de não ter conseguido o acesso no ano anterior. O comandante disse que durante a oportunidade não teve tempo de executar o trabalho da forma como imaginava e acabou sendo demitido.
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Ele assumiu a equipe após o então treinador Zé Ricardo receber uma proposta do Shimizu S-Pulse, do Japão, e ir embora. Ele recebeu o time na 4° posição da Série B, mas não resistiu à pressão e ficou apenas 8 jogos. Ele foi demitido após ser demitido pelo, na época, lanterna da competição, Vila Nova. Ao todo, ele deixou o clube com o clube com um aproveitamento de 45,8%, com três vitórias, três derrotas e dois empates.
Em entrevista ao podcast Fora do Jogo, do jornalista JP Scofano, ele revelou que dirigir o Vasco naquelas condições, como primeiro trabalho com um elenco profissional, não foi bom.
“Não foi a melhor experiência da minha vida. Porque eu acho que eu não tive tempo. Eu acho que foi precoce. Eu fui para o Vasco com um intuito. É claro que o primeiro era subir (para a elite do futebol brasileiro). Até porque o Vasco já tinha feito uma temporada na Série B e não tinha êxito para subir à Série A. O Vasco não é um clube para ficar muito tempo na Série B. Eu fui com o intuito de conseguir, isso pedido por eles, que a gente, nos jogos, tivesse um protagonismo maior. Eles entendiam que isso era possível, mas isso era totalmente confrontado com o resultado, que era sem dúvida nenhuma o mais importante”, iniciou.
Um dos pontos que mais causaram desgaste durante a gestão de Maurício Souza foi o modelo de jogo. O Vasco muitas vezes não performava como a diretoria e o torcedor esperavam e Maurício vivia um dilema de ter que fazer a equipe ascender à Primeira Divisão.
“Uma vez eu falei algo e não fui bem entendido. Na Série B, são quatro campeões. Com todo respeito à instituição, ser campeão da Série B para o Vasco não significa quase nada, para não falar nada. Para o Vasco significa ser campeão da Série A, da Copa do Brasil, da Libertadores e da Sul-Americana. Isso é o que representa o Vasco. Isso é o que representa a grandeza do clube. O nosso objetivo era estar entre um dos quatro que ia possibilitar ao Vasco estar no lugar onde é que ele deve estar, que é na Série A”, disse.
Ele continuou dizendo que a vontade da diretoria e da torcida em mudar um time pragmático, que já era fruto de outro trabalho, com limitações de peças e tempo, para uma equipe mais propositiva era algo muito difícil de ser feito.
“Para você subir, você precisa ganhar. Mas para mudar durante um campeonato, uma mentalidade de jogo, eu precisaria um pouco mais de tempo. Talvez nessa mudança de mentalidade de jogo, os resultados iriam oscilar e aconteceu de oscilar”, continuou.
Por fim, Maurício se sente injustiçado pela demissão. Segundo ele, os números que fez o Vasco produzir, foram os melhores entre os treinadores que comandaram o time durante o ano.
“Em relação ao que o um treinador pode entregar eles aumentar, e foram os melhores do ano, na chegada no terço final, à posse de bola, à expectativa de gol. Os meus números em apenas oito jogos foram os melhores do ano”, finalizou.