Marcos Braz, vice-presidente de futebol do Flamengo, admitiu erros durante seus seis anos no cargo. Em entrevista ao canal “Benja Me Mucho”, Braz citou a demissão de Rogério Ceni em 2021 como um equívoco. Conforme Braz, a decisão representou uma ação precipitada, embora Renato Gaúcho, seu sucessor, fosse um excelente profissional.
Além disso, Braz explicou que as convocações de Tite para a Seleção Brasileira prejudicaram o Flamengo. Devido a essas convocações, o clube enfrentou um calendário apertado, com sete partidas em 18 dias. Dessa forma, Rogério Ceni assumiu o time em um período turbulento, culminando em sua demissão.
“Acho que foi um dos erros que cometi: ter mandado o Rogério Ceni embora. Nunca falei isso. Não é que eu me arrependi, até porque quem veio foi o Renato (Gaúcho), pessoa fantástica, técnico fantástico”, comentou o dirigente.
Rogério Ceni chegou ao Flamengo em novembro de 2020. Contudo, os resultados ruins no início do Campeonato Brasileiro de 2021, juntamente com o ambiente interno conturbado, resultaram em sua saída. O técnico enfrentava desgaste no departamento de futebol, isolamento e desconfiança. Ademais, o silêncio da diretoria agravou a situação. A demissão ocorreu em 10 de julho de 2021.
Durante seu período no Flamengo, Rogério Ceni comandou a equipe em 45 jogos. Ele obteve um aproveitamento de 59,2%, com 23 vitórias, 11 empates e 11 derrotas. Ceni conquistou três títulos: o Campeonato Brasileiro de 2020, o Campeonato Carioca de 2021 e a Supercopa do Brasil de 2021.
Braz relembra pedidos de demissão de Ceni do Flamengo
Segundo Braz, o técnico solicitou sua demissão duas vezes antes da conquista do Brasileirão. Entretanto, o dirigente recusou os pedidos de demissão de Ceni. Braz incentivou o técnico a permanecer, especialmente antes do jogo contra o São Paulo no Morumbi. Na ocasião, o Flamengo perdeu para o São Paulo, mas tornou-se campeão brasileiro devido ao empate do Internacional contra o Corinthians.
Braz também abordou a contratação de um novo técnico após a saída de Jorge Jesus em 2020. Ele reconheceu que deveria ter insistido mais na busca por um técnico com perfil semelhante ao de Jesus. Após a saída de Jesus, o Flamengo dispunha de um valor específico para a contratação de um novo treinador.
“Foi quando eu trouxe o Domenec (Torrent). Foi o técnico possível naquele momento, naquele orçamento. Se eu não me engano, eu queria contratar o (Leonardo) Jardim. Tinha até marcado um encontro com ele. Quando vi que meu orçamento era 1/4 do Jorge Jesus, fui na viagem mas não fiz o almoço”, recordou Braz.