Vasco projeta recorde de receita em 2025, mas enfrenta desafios financeiros
O orçamento do Vasco para 2025 deve prever uma receita bruta de aproximadamente R$ 500 milhões, o maior valor da história do clube. Para alcançar essa meta, a diretoria estima mais de R$ 150 milhões em vendas de atletas, além de outras receitas operacionais. No entanto, o cenário financeiro exige cautela devido à ausência de um investidor e dificuldades no fluxo de caixa.
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Em 2023, a receita operacional do Vasco SAF, descontando vendas, foi de R$ 240 milhões. Para 2024, a previsão é de um montante semelhante. O presidente Pedrinho, que defende a continuidade da gestão do futebol por meio de uma SAF, garantiu, em declarações recentes ao Conselho Deliberativo, que manterá os salários em dia, mesmo diante das adversidades.
O clube enfrenta desafios adicionais no início de 2025, como a possibilidade de transfer ban imposto pela Fifa devido a dívidas relacionadas a Puma Rodríguez e Paulinho. Além disso, o fluxo de caixa do primeiro trimestre deve ser limitado, considerando que o Campeonato Carioca, principal competição do período, não gera grandes receitas.
Para equilibrar as contas, o Vasco já realizou algumas antecipações financeiras. Entre elas, o recebimento de mais de R$ 40 milhões de uma parcela da venda de Marlon Gomes e os R$ 22,85 milhões garantidos com o avanço às semifinais da Copa do Brasil de 2024, feito que não ocorria há 13 anos.
Apesar das dificuldades, a diretoria mantém acordos ativos no Regime Centralizado de Execuções (RCE) e junto à Procuradoria Geral da Fazenda Nacional. No entanto, atrasos recentes no RCE reforçam o alerta sobre a saúde financeira do clube, que também deixou de receber um aporte de R$ 300 milhões da 777 Partners, previsto para setembro.
O Vasco segue em busca de soluções para estabilizar o fluxo de caixa e viabilizar o planejamento para 2025. Enquanto isso, a gestão trabalha para honrar compromissos financeiros e garantir a competitividade esportiva, mesmo sem aportes externos significativos no momento.
