O protagonismo e o sucesso do Botafogo na temporada virou destaque no influente site ‘The Athletic’ – coluna de esporte do ‘The New York Times’. A reportagem fez da SAF de John Textor uma referência e a denominou como ”chamariz” para novos investidores no futebol brasileiro. Dando, portanto, ‘sinal verde’ para um cenário ainda mais amplo a possíveis compradores.
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No início da extensa matéria, a coluna cita o Botafogo como modelo inédito de sucesso de SAF no Brasil. “Primeiro clube brasileiro a ganhar um grande prêmio sob o comando de um proprietário estrangeiro. Isso só se tornou possível graças a leis relativamente novas, que podem tornar o país um dos destinos mais atraentes para investidores mundiais”.
A reportagem segue à linha e traça um paralelo das SAFs com possíveis novos investidores. Caso, por exemplo, da BlueCo, que detém os direitos do Chelsea e monitora o Santos no Brasil.
A ‘revolução’ de John Textor
O dono da SAF alvinegra participa como figura central da matéria. O envolvimento do norte-americano com o projeto do clube brasileiro recebeu a denominação de ”notável” por parte da reportagem, que também recordou os tempos difíceis do Glorioso antes da venda.
“Vi uma oportunidade de fazer parte da transformação do futebol brasileiro e da profissionalização dele. Era um clube lendário – realmente o maior clube da história do Brasil – que tinha caído em tempos difíceis. Não ganhavam nada há muitos, muitos anos. Vi como oportunidade de crescimento”, disse Textor ao ‘The Athletic’.
O norte-americano prosseguiu: “Tudo sobre o Botafogo desde o início foi como uma startup. Tínhamos poucos funcionários. Tivemos que construir uma empresa totalmente nova, um estafe totalmente novo, treinadores, jogadores e, portanto, há esse nível de entusiasmo, confiança e lealdade que você tem em uma startup. Você não precisa conquistar ninguém”, e completou:
“Você não precisa convencer as pessoas a abandonarem suas velhas maneiras de fazer as coisas. Sou um pensador muito pouco convencional e, portanto, minhas abordagens foram abraçadas, e não rejeitadas. É muito diferente começar um clube do que comprar um clube e tentar transformá-lo”.
Na matéria, John Textor passa a receber a alcunha de ”símbolo” no Brasil. Mas a matéria também alerta sobre desafios, como a divisão do futebol nacional em duas ligas, e questões culturais que também podem influenciar.
Além do Botafogo
A reportagem menciona outras SAFs que também estão buscando seu espaço no cenário nacional. O City Football recebeu menção pelo investimento no Bahia, e o Grupo 777 também acabou recordado pela – frustrante – experiência no Vasco da Gama.
A venda do Cruzeiro a Ronaldo e posteriormente ao empresário Pedro Lourenço também serviu de exemplo para trabalhos em construção. A Raposa promete uma das janelas de transferência mais significativas do início da temporada 2025, com Gabigol e Dudu como alvos.
“O Atlético-MG participa 75% de propriedade da Galo Holding, um grupo de investidores brasileiros. O Fortaleza se transformou em SAF em 2023, mas ainda não venderam nenhuma de suas ações e planejam um modelo alemão. Depois, há o posto avançado da Red Bull, o Bragantino”.