Veja o que ele falou
Recentemente, o Fluminense confirmou a aquisição do meio-campista Hércules, que pertencia ao Fortaleza. Este ato representou uma transação histórica no futebol do Ceará, com o montante alcançando valores inéditos. Hércules, de 24 anos, passa a fazer parte da equipe carioca após se destacar no clube do Nordeste.
A transação, que custou 29 milhões de reais para comprar 70% dos direitos econômicos do atleta, é considerada uma das mais significativas da temporada de 2025. Este montante não apenas destaca a competência do jogador, mas também enriquece o perfil do Fluminense na procura por reforços estratégicos.
Hércules ingressa no Fluminense com o objetivo de contribuir para o meio-campo. Reconhecido pela sua habilidade em elaborar jogadas e ditar o ritmo da partida, ele é percebido como um jogador que pode ser decisivo em momentos cruciais. Ademais, a sua aquisição por cinco anos demonstra um comprometimento a longo prazo do clube em estabelecer um elenco robusto.
O meio-campista tem se sobressaído pela sua capacidade de atuar tanto na defesa quanto no ataque, oferecendo uma versatilidade muito apreciada nos sistemas táticos contemporâneos. A sua participação no grupo promete reforçar a equipe e auxiliar nas vitórias em competições futuras.
Pensando sobre a contratação o jornalista Gilmar Ferreira, em sua coluna no jornal Extra, fez comentários acerca das movimentações do Fluminense no mercado do futebol. Veja o texto completo:
“O Fluminense parece despertar para um futebol sem fantasias
A contratação do volante Hércules, de 24 anos, é o que se pode chamar de reforço
A julgar pelas ações de mercado do pós-Brasileirão, o Fluminense é, entre os clubes cariocas, quem deu o melhor presente de Natal a seus torcedores. Pelo menos em tese, a contratação do volante Hércules, de 24 anos, que vestia a camisa do Fortaleza há quatro temporadas, é o que se pode chamar de reforço, no sentido literal do termo. Jogador que preenche o campo defensivo com noção de espaço, percepção de jogo e mobilidade, o piauiense tem habilidade, verticalidade e bom aproveitamento em chutes de média e longa distâncias.
Não à toa, o Fluminense se comprometeu a pagar R$ 29 milhões (U$ 4,7 milhões) ao clube parceiro na Liga Forte União (LFU) naquela que é a mais cara operação do futebol cearense. Investimento que desfaz a má impressão deixada pela política de acolhimento de jogadores com mais de 30 anos, emplacada na passagem de Fernando Diniz. A aposta em “reforços” (sic) sem custos de direitos econômicos driblou a falta de recursos e foi considerada positiva até o inédito título da Libertadores de 2023. Em 2024, quase rebaixou o clube.
A saída do selecionável André e do promissor Alexsander exigia reposição de bom nível técnico e Hércules tem o perfil adequado. Principalmente porque Mário Bittencourt, o presidente, sabe que o Fluminense não terá John Arias e Martinelli por muito tempo. Talvez saiam nesta janela, antes mesmo do Mundial de Clubes. É preciso, portanto, dar ao técnico Mano Menezes jogadores que entreguem competitividade. Em outras palavras, que exibam vigor físico, qualidade técnica e boa leitura de jogo, exatamente como Hércules.
A lista de reforços contempla nomes cobiçados no mercado e o foco dos tricolores segue dividido entre um centroavante e um meia. E precisa, realmente. Germán Cano, que teve um 2024 difícil, abatido por contusões, completará 37 anos no dia 2 de janeiro. E Paulo Henrique Ganso, que fez 35 em outubro, já não oferece as soluções. O Fluminense, então, parece estar deixando de sonhar com a longevidade dos craques (sic), despertando para o futebol sem fantasias e ideologias de vanguarda. Fez parte daquela “era Fernando Diniz”, e foi bonito enquanto durou.
Com Mano Menezes, o jogo é outro. Vejamos quais serão os próximos “presentes” para a torcida tricolor e onde o Fluminense conseguirá chegar em sua nova versão.”