O retorno do Santos à elite do futebol brasileiro após conquistar a Série B foi motivo de celebração, mas também gerou debates sobre o modelo de rebaixamento do Campeonato Brasileiro.
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Em entrevista ao site GE, o presidente do clube paulista, Marcelo Teixeira, levantou uma questão polêmica: o número de equipes rebaixadas para a Série B, atualmente em quatro, pode ser excessivo. E ele usou um exemplo de peso para embasar sua opinião.
Rebaixamento excessivo? Marcelo Teixeira argumenta contra o modelo atual
Teixeira não poupou críticas ao sistema atual de descenso, que retira quatro clubes da Série A a cada temporada.
“Acredito que o mais correto seria rebaixar apenas dois. No Conselho Técnico, aventou-se a possibilidade de serem três rebaixados. Eu acho que se fossem três, teria de ter um confronto.”, declarou Marcelo Teixeira.
O presidente santista considera que dois rebaixamentos são mais razoáveis, levando em conta a quantidade de competições e as dificuldades que os clubes enfrentam ao longo da temporada.
Além disso, Teixeira fez uma comparação importante ao citar o Fluminense, que, mesmo após vencer a Libertadores em 2023, estava ameaçado de descenso no ano seguinte.
O problema de calendário
Teixeira também destacou que a questão não envolve apenas a gestão dos clubes, mas também o calendário apertado das competições. Sendo assim, ele exemplificou com o Atlético-MG, que disputou finais importantes na temporada passada, mas teve que lidar com o risco de rebaixamento até a última rodada.
Vale destacar que o calendário do futebol brasileiro tem sido uma preocupação constante, com muitas competições e poucas datas livres.
Teixeira revelou ainda que tentou dialogar sobre a questão com outros dirigentes, como Reinaldo Carneiro Bastos, presidente da Federação Paulista, e com os presidentes do São Paulo, Julio Casares, e do Corinthians, Augusto Melo. Dessa maneira, ele demonstrou que há um movimento para reavaliar os critérios de descenso no Campeonato Brasileiro.
Com isso, o presidente do Santos reafirma que, para a saúde do futebol brasileiro, é preciso repensar o formato de rebaixamento, levando em consideração as inúmeras competições e a pressão sobre os clubes.
Cabe ressaltar que mudanças no regulamento do Campeonato Brasileiro têm sido discutidas há algum tempo, mas ainda carecem de um consenso entre as partes envolvidas.