Um pé nas férias e outro no planejamento do Flamengo para 2025. Assim tem sido os primeiros contatos e os últimos dias de José Boto, novo diretor de futebol do Rubro-Negro, com o técnico Filipe Luís. A dupla se encontrou na última segunda-feira (23) do outro lado do oceano, em Portugal, para alinhar e definir prioridades da próxima temporada.
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Boto compartilhou o encontro em seu Instagram: “Trabalho em andamento”. O dirigente está curtindo os últimos dias em seu país Natal antes de seguir viagem para o Brasil, enquanto Filipe Luís está aproveitando as férias em família na Europa.
Apesar do encontro presencial só ter ocorrido nesta semana, José Boto e Filipe Luís estão em contatos praticamente diários há semanas. A dupla vem debatendo o planejamento e reformulação do elenco para próxima temporada – a primeira deles juntos.
Decisões
Os contatos já resultaram em tomadas de decisões importantes para 2025 – como, por exemplo, a saída de David Luiz. O zagueiro tinha conversas por renovação alinhadas com o ex-presidente Rodolfo Landim, mas a gestão Bap seguiu as análises de Boto e Filipe Luís e optou por encerrar o vínculo.
O técnico também indicou seu interesse em contar com o zagueiro João Victor, da base do Flamengo, na pré-temporada. Boto concordou e, então, conseguiu a liberação do defensor junto a CBF para tê-lo à disposição. Isso porque o jovem estava na lista de convocação da Seleção Sub-20.
Desafios
Um dos grandes desafios imediatos da dupla está na reformulação do elenco. Filipe Luís e Boto precisam chegar a um acordo quanto às carências mais emergenciais do plantel e a possíveis contratações. O planejamento deve coexistir com o limite deixado em caixa por Rodolfo Landim e, nesse sentido, o Rubro-Negro precisará vender atletas – outra decisão que passa pelos dirigentes.
“A situação de caixa do Flamengo, por uma série de fatores, foi afetada nesse final de ano. Isso significa dizer que, do ponto de vista econômico, o Flamengo não tem condições de fazer novas aquisições? Não, não é verdade. É questão de endividamento. É que nós temos outros desafios hoje em dia, nós temos que construir o nosso estádio. Você tem que tomar um pouco mais de cuidado nesse processo. Nós temos um descasamento entre o que a gente vendeu e o que a gente comprou de quase 20 milhões de euros. Clube formador, o clube que quer ganhar tudo no Brasil, ele tem que vender mais do que ele compra”, explicou Bap.
