A questão das cadeiras cativas no estádio do Flamengo, assunto que surgiu antes das eleições presidenciais do clube, retornou ao debate público. Uma carta divulgada nesta última terça-feira (24) pelo presidente em exercício, Rodolfo Landim, trouxe novos elementos à discussão.
- Flamengo pode perder titular absoluto para 2025
- Ex-companheiro de Gabigol no Flamengo fala sobre o futuro do atacante
O dirigente, que deixará o cargo no dia 31, manifestou críticas à decisão do grupo liderado por Luiz Eduardo Baptista, presidente eleito, de interromper ações relacionadas ao tema. Assim, Landim, no documento, detalhou medidas que estavam em andamento para concretizar o projeto do estádio sem impactar negativamente as finanças do clube.
Ele explicou a estrutura da proposta orçamentária, dividida em duas partes, com o intuito de assegurar a autonomia financeira da construção e evitar o uso de recursos operacionais do Flamengo.
Além disso, o presidente em exercício descreveu a estratégia de venda antecipada de mil cadeiras cativas, oferecendo desconto para sócios interessados.
Estratégias de financiamento e suspensão das ações
Essa ação, por sua vez, visava recuperar os valores já investidos no projeto. Entretanto, conforme Landim, o Conselho de Administração não analisou a proposta orçamentária, o que contraria o Estatuto do clube.
Ademais, o presidente em exercício informou que a instituição responsável pelo processo administrativo de venda das cadeiras recebeu orientação para suspender as atividades. Esta determinação partiu de membros do grupo que assumirá a gestão do clube em 2025.
“Ao cobrarmos a evolução das providências necessárias à realização da venda das cadeiras cativas à instituição encarregada de preparar todo o processo administrativo desta venda, recebemos a informação de que ela foi orientada, por integrantes do grupo que irá gerir o Flamengo a partir de 2025, a suspender toda e qualquer ação em relação ao projeto do estádio”, destacou Landim.
Vale lembrar que, antes do pleito eleitoral, Rodrigo Dunshee, candidato com o apoio de Landim, causou surpresa ao afirmar a existência de reservas para a aquisição das cadeiras cativas.
Embora tenha declarado que mais de 380 pessoas demonstraram interesse, justificou a ausência de progressos na comercialização pela sua não eleição à presidência. Dunshee assegurou que as cadeiras seriam vendidas facilmente após a vitória eleitoral.