Antes de Roger Guedes se transferir para o Al-Rayyan, do Catar, ele fez dupla de ataque com Yuri Alberto, no Corinthians. Durante uma entrevista concedida ao programa “Jogo Aberto”, da Band, o camisa 9 corintiano falou sobre a saída do ex-companheiro e como foi complicada a readaptação e centralização de responsabilidade.
- Rodrigo Garro, Romero, Yuri Alberto, Félix Torres, Raniele, Hugo, Matheuzinho, Cacá, Hugo Souza, Wesley: os jogadores que mais atuaram pelo Corinthians em 2024
- Vítor Pereira, ex-Flamengo e Corinthians, manda indireta para o Brasil após mais uma vitória na Premier League
Enquanto ambos foram contemporâneos, Yuri balançou as redes 19 vezes em 66 jogos. Já Roger Guedes fez 27 gols em 70 partidas. Quando o camisa 10 se despediu do Parque São Jorge rumo ao Catar, em 2023, o protagonismo ficou nos pés do ex-companheiro. Ele disputou 26 confrontos e marcou 7 tentos, no restante da temporada.
“Quando eu cheguei, jogávamos eu e o Róger Guedes. Tinha um equilíbrio de responsabilidades e, a partir do meio do ano, quando ele foi embora, eu comecei a assumir esse papel de centroavante mesmo. Aí o momento não foi ficando tão bom e começou a sobrecarregar bastante. A pressão era toda minha. Era muito ruim”, desabafou.
Yuri Alberto revelou no programa da apresentadora Renata Fan que o período que se seguiu à saída de Roger Guedes o afetou psicologicamente.
“Eu chegava em casa, me trancava no quarto, ficava me perguntando o por que. Falava com meu estafe pessoal, que me ajuda nas análises, e eles diziam que, em tal partida, seria diferente. Aí jogava essa partida e não mudava. O tempo não passava, era agoniante”, continuou.
Por fim, ele admitiu que o momento era conturbado para os outros atletas corintianos também. Ele relembra que Matheus Bidu tinha subido para o time profissional recentemente e foi pressionado da mesma forma. No entanto, ele comemorou que ambos puderam dar a volta por cima no Timão.
“Eu sei que o peso foi bem maior para mim, mas tiveram muitos jogadores que passaram dificuldades. O Matheus Bidu, por exemplo, foi muito pressionado. Ele foi bastante cobrado por ser um cara jovem, jogando pela primeira vez em um time como o Corinthians. Em escala de pressão, o Bidu ficou no top 2. Ele foi muito cobrado e, graças a Deus, também deu a volta por cima. A torcida aplaude ele, e eu fico feliz por ele”, finalizou o atacante.