Apresentado oficialmente como diretor técnico do Flamengo, José Boto não poupou elogios ao técnico Filipe Luís – escolhido por ele para iniciar seu triênio no clube. O português recebeu autonomia do presidente Luiz Eduardo Baptista para reformular a comissão técnica, mas optou pela permanência do treinador a partir de duas perspectivas que o levaram a um alinhamento louvável de ideias.
José Boto revelou que mantém contato diário com Filipe Luís desde que foi oficializado por Bap, no dia 18 de dezembro. O diretor não se aprofundou sobre ideias, temas ou nomes em comum para possíveis reforços, mas esclareceu que a dupla está alinhada quanto aos ajustes ideais para futuro do Flamengo, sem sucumbir à pressão externa.
“A partir do dia 18 de dezembro, em que o Bap me anunciou, converso todos os dias com o Filipe Luís. Nos encontramos pessoalmente. Temos bem claro que o elenco tem uma qualidade enorme e sabemos que temos que fazer alguns ajustes. Serão feitos com tempo. No tempo que queremos e não para agradar torcida, imprensa. Faremos aquilo que achamos o ideal para o Flamengo para que queremos. Queremos a torcida feliz em dezembro e não em janeiro”, iniciou.
Permanência de Filipe Luís
Antes mesmo de iniciar contatos diários com o técnico, Boto já estava familiarizado com as ideias e projeções de Filipe Luís. O diretor não só acompanhou aos jogos da equipe sob o comando do Mister, como analisou minuciosamente o trabalho sob duas perspectivas fundamentais – como ele mesmo explica – para definir se o manteria no comando ou buscaria por outro nome mais alinhada às suas convicções.
“Acho que assisti aos jogos desde que o Filipe assumiu. Sempre observei sob duas perspectivas: uma para analisar o elenco e outra para analisar o trabalho dele. Para nós, que somos experientes, e por isso é fundamental que quem escolhe o treinador tenha essa capacidade, dá para perceber algumas nuances táticas no trabalho do Filipe que me agradaram muito”, e prosseguiu:
“Acredito que isso talvez não seja tão visível ao olho comum, mas para um olhar mais clínico, chamou bastante atenção. Gostei muito também da forma como ele se comunica: é humilde, mas assertivo, e sabe o que quer. Além disso, quando tive a oportunidade de entrar em contato direto com ele, percebi sua ambição e vontade de aprender e evoluir todos os dias. No futebol, assim como na vida, quando achamos que já sabemos tudo, estamos dando o primeiro passo para o fracasso”, pontuou.
