O balanço da primeira temporada da Arena MRV como casa do Atlético-MG teve mais pontos negativos do que positivos. Além da interdição após a final da Copa do Brasil, por falta de segurança, o estádio também apresentou problemas relacionados à acústica e ao gramado. A diretoria, porém, já trabalha a fim de solucionar falhas que resultaram em atribulações no decorrer da temporada 2024.
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Rubens Menin, dono do Atlético-MG, investiu mais de R$ 12 milhões para trocar o gramado para o sintético nesta temporada. Os cofres também se abriram para os problemas relacionados à acústica, que passará por reformas, e trouxeram lamentações ao gestor.
“O licenciamento da Arena foi muito duro, não podíamos passar não sei quantos decibéis para fora, tivemos que gastar milhões para que os ruídos não fossem para fora da arena. Quando a gente fez essa acústica, prejudicou a acústica interna. Vamos ter que gastar, infelizmente”, lamentou Menin.
O projeto inicial da Arena MRV contava com um gramado sintético inspirado no do Botafogo, no Estádio Nilton Santos. No entanto, de acordo com Menin, a prefeitura barrou a proposta à época.
“Em relação ao gramado, a gente não poderia ter feito o sintético. Hoje o sintético do Botafogo, que é para mim o melhor deles, é muito interessante. Agora, a prefeitura entendeu que dava a liberdade para usar a grama sintética, coisa que não podia quando inauguramos. O estádio tem problema de iluminação, a gente entende que a grama sintética é melhor”, avaliou.
Interdição
O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (SJTD) anunciou a interdição da Arena MRV no dia 12 de novembro de 2024, após os incidentes na final da Copa do Brasil, contra o Flamengo. A decisão provisória foi derrubada no dia 28 do mesmo mês, e o estádio ficou liberado para receber o duelo contra o Athletico, pela última rodada do Brasileirão.
A liminar ficou em vigor até algumas comprovações por parte do Atlético-MG, como “adoção de medidas logísticas, estruturais, administrativas e disciplinares necessárias e suficientes para garantir a segurança adequada”.
A interdição ocorreu devido aos incidentes que marcaram o antes, o durante e o depois da derrota para o Flamengo na decisão da Copa do Brasil, pelo agregado de 4 a 1. Houve invasões de torcedores sem ingressos, gás de pimenta, objetos arremessados em campo, bombas e feridos.
O caso mais grave evidentemente foi o de Nuremberg José Maria, fotógrafo atingido por uma das bombas arremessadas por atleticanos. O profissional fraturou três dedos do pé e rompeu tendões na região, sendo submetido a um procedimento cirúrgico.
Arena MRV
A decisão da Copa do Brasil marcou, também, o recorde de público da Arena MRV com 44.876 presentes. O estádio recebeu 33 jogos e teve uma média de 35.237 torcedores no ano – a maior desde agosto de 2021, quando o futebol voltou a receber público no pós-Covid.