Após um mês, Botafogo toma medida judicial envolvendo viagem para o Intercontinental

Textor imita Túlio Maravilha em comemoração da Libertadores (Foto: Divulgação/Botafogo)

O Botafogo recorreu à Justiça dos Estados Unidos contra a empresa responsável por intermediar o fretamento do avião do New England Patriots, time da NFL, para disputa do Intercontinental no Qatar, em dezembro. Na ação, o Alvinegro alega que a Omni Air International cedeu uma aeronave inapropriada para delegação carioca e cobra o ressarcimento da operação.

Por intermédio de John Textor, o Botafogo afirma que a aeronave cedida pela empresa não correspondia à solicitada por ele para uma viagem de 17 horas rumo ao Golfo Pérsico. O avião foi desaprovado pela delegação e recebeu parte da ‘culpa’ pelo desempenho na eliminação para o Pachuca (MEX).

John Textor cogitou não embarcar para Doha, no Qatar, na aeronave quando percebeu que a mesma não atendia os padrões solicitados. O norte-americano aguardava por um avião com 60 poltronas 100% reclináveis, mas o dirigível só possuía duas nesses moldes: do piloto e do copiloto. Sem tempo hábil, seguiu viagem na que fora enviada pela empresa.

Insatisfação do Botafogo

O zagueiro Barboza foi o primeiro a expor os problemas com a aeronave logo após a derrota por 3 a 0 para o Pachuca, que culminou na eliminação precoce do Glorioso no Intercontinental.

“A viagem foi longa, mais de 15 horas. O avião não era o melhor, era um avião fraco. E isso pesou. Tentamos jogar, tivemos situações de gol, mas não deu certo. O ano foi incrível para todos, para a torcida e para o clube”, reclamou o zagueiro.

Trata-se de um Boeing 767 adaptado para acomodar jogadores de futebol americano, com cadeiras mais largas que as de um comercial. O avião pertence ao Patriots, considerado referência na NFL, a principal liga de futebol americano do mundo.

Apesar de mais largos, foram os assentos que mais causaram insatisfação entre os atletas do Glorioso. Jogadores gostariam que as cadeiras reclinassem mais, visto que a classe executiva da aeronave, com assentos reclináveis, tinham menos mobilidade que voos comerciais internacionais, por exemplo.

A delegação só embarcou na aeronave solicitada na volta ao Brasil, após a eliminação. Agora, de acordo com a UOL Esporte, o Botafogo cobra o ressarcimento da operação na Justiça dos EUA.