Flamengo se aproxima de Juninho e aposta em estratégia profissionalizada e influência interna
O Flamengo está próximo de anunciar a contratação do atacante Juninho, do Qarabag, do Azerbaijão, em uma negociação que reflete o novo modelo de mercado adotado pelo clube sob a gestão de José Boto. Além de uma proposta de três anos de contrato e investimento de 5 milhões de euros (cerca de R$ 32 milhões), o Rubro-Negro contou com a participação decisiva de Filipe Luís, que conversou diretamente com o jogador nas últimas horas, influenciando sua decisão.
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Juninho, de 28 anos, estava inclinado a fechar com o Sevilla, da Espanha, mas a abordagem do lateral-esquerdo flamenguista mexeu com o atacante. Filipe Luís destacou os valores do projeto esportivo do Flamengo e os benefícios de atuar no maior clube do Brasil, algo que teria balançado o atleta e colocado o Fla à frente na disputa. O clube agora aguarda a resposta do empresário para oficializar o acordo.
Segundo o jornalista Gabriel Simões, a contratação de Juninho ilustra a mudança estratégica no mercado rubro-negro. A nova direção tem apostado em um modelo mais racional e voltado para eficiência, mesmo que isso desafie as expectativas de uma torcida acostumada a contratações de maior apelo midiático.
“É a primeira quebra de expectativa que esse novo modelo de profissionalização vai trazer para uma torcida extremamente acostumada com grife. Firmino e Róger Guedes são nomes muito mais esperados para quem acompanha o Flamengo há mais tempo. Em vez disso, o clube vai num jogador desconhecido do grande público”, analisou Simões.
Com passagens de destaque pelo Qarabag, Juninho se tornou uma aposta pela relação custo-benefício e potencial técnico. A decisão do Sevilla de retirar-se da disputa abriu caminho para o Flamengo avançar no negócio. Agora, o clube espera que o jogador aceite a proposta para se apresentar no Ninho do Urubu.
A chegada de Juninho também sinaliza a influência do novo departamento de scout e a visão de longo prazo na gestão de contratações. Para Gabriel Simões, o sucesso inicial dessa abordagem será fundamental para conquistar a paciência da torcida.
“O modelo vai errar e acertar, mas quando todo mundo pedia um clube mais profissional, era disso que estávamos falando. Um dos grandes desafios vai ser a paciência de uma torcida muito mimada. Importante os primeiros alvos darem certo para amenizar isso”, concluiu.
