A Esportes da Sorte, patrocinadora máster do Corinthians, enfrenta um grande desafio jurídico. A casa de apostas segue sem autorização do governo para operar legalmente em todo o território brasileiro. Isso porque, até o momento, a empresa só possui licença da Loterj (Loteria Estadual do Estado do Rio de Janeiro), o que a impede de atuar em outros estados. A questão está em debate após a decisão do ministro do STF, André Mendonça, que determinou que a Esportes da Sorte não poderia expandir suas operações no país.
O que motivou a disputa judicial?
Recentemente, a Loterj entrou com um recurso para tentar reverter a decisão do STF. A justificativa apresentada foi de que haviam “omissões, obscuridades e erros materiais” no julgamento, além de questionar o uso do dispositivo de geolocalização que impede a operação da empresa fora do Rio de Janeiro.
Contudo, o ministro Mendonça refutou o recurso, argumentando que a Esportes da Sorte demonstrou “mero inconformismo” com a decisão. Vale destacar que a decisão não afeta apenas o Corinthians, mas também outras grandes casas de apostas, como a PixBet, que patrocina o Flamengo.
Consequências para o futebol e para a Esportes da Sorte
A situação da Esportes da Sorte é crítica. Caso não consiga a liberação nacional, a empresa terá até esta terça-feira, 7 de janeiro, para encerrar suas operações em todo o Brasil. Esse impasse coloca em risco o acordo milionário firmado entre a patrocinadora e o Corinthians, avaliado em R$ 309 milhões por três anos. Além disso, o contrato envolveu uma contratação midiática de Memphis Depay, viabilizada por um aporte financeiro de R$ 57 milhões.
Como o Corinthians pode reagir?
Em meio a essa incerteza, o Corinthians se vê diante de um cenário complicado. Caso decida romper o contrato com a Esportes da Sorte, o clube está respaldado por uma multa substancial, conforme informado pelo diretor jurídico Vinicius Cascone.
Portanto, a decisão final da patrocinadora pode ter implicações significativas para a relação do clube com a casa de apostas, afetando, inclusive, outros times da Série A, como Bahia, Ceará e Grêmio, que também possuem contratos com a empresa. Com isso, o futuro da Esportes da Sorte no Brasil ainda é incerto, e o desfecho dessa disputa jurídica deve impactar não apenas o futebol nacional, mas também o setor de apostas esportivas.