Flamengo: jornalista detona atitudes de BAP

BAP toma posse como presidente do Flamengo (Foto: Reprodução)

O jornalista Lúcio de Castro, da Agência Sportlight, criticou a atuação de Luiz Eduardo Baptista, o Bap, nos primeiros dias de mandato à frente do Flamengo. Ele chama de “rebotalho” o anúncio dos novos mandatários dos esportes olímpicos do clube. Edson Menezes, assumiu como vice-presidente e Marcus Vinicius Simões como diretor da pasta, eles têm ligações com o ex-presidente do Comitê Olímpico Carlos Nuzman, condenado por corrupção.

Em uma publicação no X, antigo Twitter, Lúcio aponta a proximidade dos novos dirigentes flamenguistas, mesmo sem citá-los nominalmente.

“O rebotalho. Assim vai se formando a equipe na Gávea: um mix dos braços-direitos de Nuzman com braços-direitos de Ricardo Teixeira. Que fique claro: as anteriores eram horríveis. Mas prometeram a modernidade e boas práticas. E o pior: parece aquele tal de compliance tirou férias”, publicou Lúcio de Castro.

Carlos Nuzman tem 82 anos de idade e foi um jogador de vôlei, que presidiu a Confederação Brasileira de Voleibol, o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e a Organização Desportiva Sul-Americana. 

Em 2017, ele foi preso por suspeita de intermediar o pagamento de propinas para que o Rio de Janeiro fosse escolhido como a sede dos Jogos Olímpicos de 2016. Uma semana depois da prisão, ele renunciou ao comando do COB e 12 dias depois o Superior Tribunal de Justiça mandou soltá-lo.

Em novembro de 2021, ele foi condenado a 30 anos e 11 meses de prisão por crimes de corrupção passiva, pertinência à organização criminosa, lavagem de ativos, evasão de divisas e concurso material.

No entanto, em 2024, o Tribunal Regional Federal da 2ª região (TRF-2), anulou a condenação de Nuzman, por entender que o juiz Marcelo Bretas, que comandava a Lava-Jato do Rio de Janeiro, não tinha competência para julgar o caso.

Edson Menezes chegou a assumir a presidência do COB quando Nuzman foi afastado do cargo, mas a investigação da Lava-Jato também chegou a ele. Em 2018, ele foi preso, mas teve a prisão revogada no mesmo ano pelo juiz do Supremo Tribunal Federal (STF). Posteriormente a corte consideraria a prisão ilegal.

Marcus Vinicius foi chefe da Missão Olímpica Brasileira em várias edições dos Jogos Olímpicos e sempre teve uma relação de proximidade com Nuzman. No entanto, nunca esteve envolvido em nenhuma polêmica semelhante à dos companheiros.