Um dos últimos remanescentes da geração bicampeã do Campeonato Brasileiro deixou o Corinthians nesta janela de transferências. O lateral-direito Fagner foi emprestado para o Cruzeiro até o fim de 2025 e dois fatores foram cruciais para que a negociação acontecesse: o alto salário e a indisciplina nos jogos.
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Depois de 11 temporadas consecutivas, a segunda passagem de Fagner no Timão acabou. Ele, que foi revelado pelo clube em 2006, saiu, rodou o mundo e voltou em 2012. De 2014 a 2024, acumulou 576 jogos, se tornando o 7° jogador que mais vestiu a camisa alvinegra.
Mas a saída de um dos atletas mais identificados e experientes do elenco começou a se desenhar na derrota por 3 a 1 para o São Paulo, em um Majestoso disputado em Brasília, pelo Brasileirão do ano passado. O Corinthians brigava contra o rebaixamento e o defensor foi crucial no revés. Ele cometeu um pênalti e acabou expulso no mesmo lance.
Isso fez ele perder prestígio com a comissão técnica de Ramón Díaz e dos últimos 10 jogos da competição, ele entrou em campo em apenas uma oportunidade. Se antes, dividia a titularidade com Matheuzinho, que chegou no começo de 2024, depois da expulsão passou a ser preterido.
O outro fator que implicou no empréstimo para a Raposa foi o alto custo salarial. Durante a intertemporada, a diretoria corintiana tem preferido renovar com o elenco, para só então ir em busca de reforços. Mas, segundo o diretor de futebol Fabinho Soldado, a saída do jogador pode abrir a oportunidade de alguma chegada, já que o clube terá que arcar com apenas 45% do salário do defensor.
“Situações que a gente precisa tomar decisões. Existem movimentações no orçamento, abre espaço para uma nova oportunidade. Existe uma conversa com a comissão técnica para entender os jogadores que não serão bem utilizados. Baseado nessas conversas, no que entendemos, temos que tomar decisões. O Corinthians atravessa momento difícil financeiramente. Às vezes tomamos uma decisão que pode não ser entendida, mas é pelo melhor do clube. Jogadores de base que precisam de espaço. Cada ação é feita pensando nisso, abrindo espaço na folha para outro atleta”, disse.