Rodrigo Garro se reapresenta ao Corinthians após acidente fatal e é indiciado por homicídio culposo
O meia-atacante argentino Rodrigo Garro, do Corinthians, iniciou o ano de 2025 em meio a uma situação delicada. Durante suas férias na província de La Pampa, na Argentina, o jogador se envolveu em um acidente automobilístico que resultou na morte de Nicolás Chiaraviglio, motociclista de 30 anos. Após ser indiciado por homicídio culposo (sem intenção de matar), Garro foi liberado pela Justiça argentina para retornar ao Brasil e se reapresentou ao clube na última terça-feira (7).
Garro, de 26 anos, está visivelmente abalado com o caso e evitou falar com a imprensa ao desembarcar no Aeroporto de Guarulhos. No Centro de Treinamento Doutor Joaquim Grava, manteve um comportamento introspectivo. A diretoria do Corinthians e a psicóloga do clube, Anahy Couto, estão oferecendo suporte ao jogador, tanto no âmbito profissional quanto pessoal. Torcedores que estavam presentes no CT pediram à profissional que desse atenção especial ao meia.
O acidente aconteceu na madrugada do último sábado (4), enquanto Garro dirigia sua Dodge Ram. Segundo a promotoria argentina, o jogador realizou uma conversão irregular em um cruzamento, o que teria transformado seu veículo em um obstáculo que resultou na colisão fatal do motociclista. Apesar de ter testado positivo no bafômetro, com 0,5 gramas de álcool por litro de sangue, o jogador não foi indiciado com agravante, já que em La Pampa não há tolerância para álcool ao volante.
A defesa de Garro alega que ele seguia pela via principal e que Chiaraviglio, vindo de uma via secundária, não respeitou a sinalização. Ainda segundo a promotoria, o motociclista estava sem capacete, com faróis irregulares em sua moto e carregava cocaína no momento do acidente.
Enquanto aguarda o julgamento, Garro seguirá treinando no Corinthians, mas seu aproveitamento no início da temporada é incerto. A diretoria alvinegra monitora a situação de perto e pretende dar o tempo necessário para que o jogador se recupere emocionalmente.
Se condenado, Garro pode enfrentar uma pena de três a seis anos de prisão. O caso segue em investigação, com análises de câmeras de segurança, perícias nos veículos e exames toxicológicos na vítima.