Campeonato Mineiro tem treinamento para árbitros do VAR

Fifa está testando nova modalidade do VAR (Foto: Divulgação)

Você já se perguntou como os árbitros de vídeo são preparados para tomar decisões rápidas e certeiras durante as partidas? No Campeonato Mineiro, a Federação Mineira de Futebol (FMF) promoveu um treinamento intenso que revelou os bastidores dessa tecnologia que tanto impacta o futebol. Mais de 80 profissionais participaram de atividades que simulam a pressão dos jogos, e os resultados mostram o esforço para reduzir erros no campo.

Uma formação detalhada e rigorosa

Durante 15 dias, os árbitros passaram por uma imersão completa, que incluiu hospedagem em um centro de treinamento e aplicação prática do VAR em jogos de categorias de base. Vale destacar que apenas 11 árbitros mineiros foram homologados para atuar como VAR no Estadual. Para suprir a demanda, dois árbitros de outros estados foram convocados: Wagner Reway, de Santa Catarina, e Rodolpho Toski, do Paraná.

A equipe do VAR, composta por árbitros de vídeo, auxiliares e um observador técnico, trabalha em sincronia para analisar os lances. Sendo assim, o treinamento se concentra em protocolos rigorosos, porque cada detalhe pode influenciar diretamente no andamento e no resultado das partidas.

Tecnologia e precisão: os pilares do VAR

Para análises precisas, o VAR utiliza, no mínimo, sete câmeras calibradas que eliminam o risco de erro de paralaxe em lances como impedimentos. Com isso, cada decisão é respaldada por imagens que oferecem os melhores ângulos. No entanto, a decisão final sempre cabe ao árbitro de campo, como explica Márcio Eustáquio, presidente da comissão de arbitragem da FMF.

  • “Todos os lances que acontecem no campo são analisados pelo VAR. Gol, falta, impedimento, ele vai checar todos os lances para saber se há irregularidade ou não.”

Os desafios e a evolução da arbitragem

Janette Mara Arcanjo, ex-árbitra Fifa, reforça que o VAR não elimina polêmicas, mas reduz erros graves. “O objetivo deve ser reduzir os erros, porque eliminá-los completamente é improvável.” Ela ainda sugere maior investimento em formação e aprimoramento para minimizar debates interpretativos e otimizar a arbitragem.

Com o avanço do VAR, decisões críticas se tornaram mais justas e transparentes, mas cabe ressaltar que a tecnologia deve ser vista como suporte, não substituição. Desse jeito, o futebol pode continuar evoluindo sem perder sua essência apaixonante.