A declaração de Pedro Caixinha sobre Neymar no Santos

O técnico do Santos, Pedro Caixinha, analisou o desempenho da equipe no empate em 1 a 1 com a Ponte Preta, no Moisés Lucarelli, em Campinas. O treinador destacou que o time apresentou um rendimento abaixo do esperado no primeiro tempo, mas demonstrou reação na etapa final. Segundo ele, é fundamental que o Santos mantenha o mesmo nível de comprometimento tanto em casa quanto fora, a fim de garantir uma regularidade na competição.

“Hoje na primeira parte não existimos, e posso lhes dizer pois falei com o grupo lá dentro já e sempre vou defender eles, mas temos que entender qual instituição estamos defendendo. Temos o mesmo compromisso de jogar igual dentro e fora de casa, e mesmo com muitos jogos em poucos dias precisamos colocar nosso jogo em prática, então na primeira parte eu diria que não só em termos de futebol, mas derivado da superioridade do adversário, de mais vontade de jogar, então fomos penalizados futebolisticamente. Se não tivermos essa atitude, intensidade, não formos um bloco, dificilmente teremos essa regularidade e consistências”, disse ele.

Durante a coletiva, Caixinha evitou comentar sobre a possível chegada de Neymar, reforçando que a prioridade é o trabalho que vem sendo realizado no Campeonato Paulista. O técnico destacou que, até o momento, não há nada oficial sobre o assunto e que sua preocupação está na organização da equipe. Ele ressaltou que qualquer treinador gostaria de contar com o atacante, mas frisou que especulações não podem desviar o foco do elenco.

“Eu não vou falar sobre especulações, porque no momento se trata disso. Eu não conheço o jogador, não conheço a pessoa, não conhecemos o estado que ele está, mas é um jogador mundialmente com uma qualidade fantástica, indiscutível, faz falta a qualquer equipe, mas temos muito mais a se preocupar e concertar aqui, consolidar, sempre vejo a organização das equipes de trás para a frente para que os jogadores criativos tenham mais liberdade, então é preciso criar esse equilíbrio primeiro, depois se ele vier, eu te digo que treinador no mundo não gostaria de ter o Neymar, mas não posso falar mais nada sobre isso, pois não há rigorosamente mais nada”, afirmou o técnico.

Enquanto isso, nos bastidores, o Santos segue acompanhando a situação de Neymar, que ainda tem contrato vigente com o Al-Hilal. O clube aguarda a definição da rescisão do jogador, cujo vínculo vai até o meio do ano. A questão financeira tem sido o principal entrave para uma liberação imediata, já que o atacante tem a receber cerca de 65 milhões de dólares, o equivalente a aproximadamente R$ 400 milhões.

Diante desse cenário, duas possibilidades surgem para que Neymar volte a atuar na Vila Belmiro. A primeira seria a rescisão contratual com o Al-Hilal, permitindo que o jogador acerte com o Santos sem custos. A outra alternativa envolve um empréstimo até o fim do contrato com o clube saudita, o que permitiria sua permanência no Brasil por um período de seis meses.

Apesar da repercussão sobre o possível retorno do craque, Caixinha mantém o foco na evolução do time no Paulistão. O treinador destacou que há pontos a serem corrigidos, principalmente em relação à postura da equipe nos jogos como visitante. Ele reforçou a necessidade de equilíbrio entre defesa e ataque para que o time tenha um desempenho mais consistente ao longo da temporada.

O Santos volta a campo na quarta-feira (24 de janeiro), às 21h30 (horário de Brasília), quando enfrenta o Palmeiras na Vila Belmiro. A equipe terá apenas dois dias de preparação para o clássico.