Em meio a um processo de impeachment que ganha cada vez mais força dentro do Corinthians, o presidente Augusto Melo fez uma declaração contundente, afirmando que não tentará impedir o andamento da reunião do Conselho que discutirá sua possível destituição. A reunião está marcada para esta segunda-feira (20) e pode alterar os rumos do clube nos próximos dias. Além disso, o pedido de impeachment tem gerado intensos debates, com o presidente afirmando que tudo não passa de uma tentativa de golpe.
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Motivos por trás do impeachment e a defesa de Augusto Melo
O impeachment de Augusto Melo é fundamentado, em grande parte, nas supostas irregularidades envolvendo o contrato do Corinthians com a plataforma VaideBet, um acordo ainda em investigação pela Polícia Civil. “Mais uma vez uma tentativa de golpe, querem o poder na mão grande, não vai acontecer”, declarou Melo, afastando as acusações.
Ele também frisou que sua gestão tem se dedicado a reformular o clube e melhorar suas finanças, destacando a busca por contratos vantajosos para o Corinthians, além de gerar receitas de mais de 1,8 bilhões de reais.
“Falo todo tempo: Deus me colocou aqui, e só Deus me tira. Se estou aqui é porque tem um propósito”, completou Melo, defendendo seu trabalho à frente do clube e afirmando que as mudanças implementadas em sua gestão têm incomodado alguns setores.
SÓ DEUS PODE ME TIRAR! Presidente do Corinthians, Augusto Melo, acredita que vai continuar no cargo. pic.twitter.com/NOJahpWh4g
— Jovem Pan Esportes (@JovemPanEsporte) January 20, 2025
Como funciona o processo de impeachment no Corinthians?
O pedido de impeachment foi formalizado com base no estatuto do clube, que prevê uma série de motivos para destituição, como crime infamante, gestão irregular ou prejuízo considerável à imagem e patrimônio do Corinthians. Sendo assim, se a maioria dos conselheiros votar favoravelmente ao impeachment nesta segunda-feira, Augusto Melo será afastado de forma provisória até a convocação de uma assembleia geral. A decisão final cabe aos sócios do clube.
Vale destacar que, se o impeachment for aprovado pelos sócios, o primeiro vice-presidente, Osmar Stábile, assumirá a presidência interinamente até a realização de novas eleições. Por outro lado, se a proposta de impeachment for rejeitada, Melo retornará ao cargo de presidente até o final de seu mandato, previsto para 2026.
A importância do voto dos conselheiros
Com isso, o cenário é de grande expectativa para os conselheiros do clube, que terão um papel crucial na decisão sobre a continuidade de Augusto Melo à frente do Corinthians. O processo, embora tenha uma base jurídica, é essencialmente político, e o resultado da reunião desta segunda-feira pode marcar uma nova fase na gestão do clube.