Veja o que o técnico disse
Desde que o Grupo City assumiu a gestão do futebol do Bahia, o clube tricolor tem vivenciado significativas mudanças fora de campo que, em 2024, já foram percebidas nas atividades em campo.
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Com uma abordagem completamente inovadora que parte da alta administração até os atletas, a filosofia do Grupo City está em evidência no cotidiano tricolor, refletindo também na maneira de planejar o elenco para a próxima temporada. Isso, por sua vez, influencia as estratégias para identificar e contratar novos jogadores.
Sob o comando de Rogério Ceni, que se tornou treinador do Bahia em setembro de 2023, a equipe está se adaptando à cultura de trabalho promovida pelo Grupo City e ele já está familiarizado com o processo de contratações implementado pelo clube.

Durante uma conversa com a jornalista Clara Albuquerque, da TNT Sports, Ceni explicou os aspectos fundamentais que o Grupo City considera ao decidir o interesse em um atleta. Aspectos de jogo, habilidades para auxiliar imediatamente ou futuramente, a idade e a possibilidade de venda são alguns dos critérios na maioria dos reforços.
O treinador afirma que, ao definir as contratações, expressa sua visão sobre as qualidades essenciais que os novos contratados devem possuir. Portanto, o Grupo conta com uma vasta equipe dedicada a encontrar jogadores que se alinhem ao perfil.
“O jogador primeiro tem que ter conhecimento sobre a característica do treinador. Eu cito características de jogadores para cada posição e eu não sei onde vai parar o mercado. Se você vê quanto um clube arrecada para o quanto gastar para ter um jogador, e o próprio custo anual do jogador, é muito caro. Não há como ter que repassar em custo de ingresso, porque a maioria das pessoas não conseguiria. Então, temos que olhar as opções de mercado”.
Ceni também salienta que o foco está na procura de atletas promissores ou emergentes com potencial de venda, juntamente com jogadores com maior experiência, como foi o caso da contratação de Willian José.
“O Grupo se interessa muito por jogadores jovens, até para uma possível venda, o que é natural em qualquer setor que queira investir. Ou então, uma ou outra peça com jogador mais experiente. Mesmo sem ter potencial de venda, mas preferencialmente sem investir dinheiro na compra. Esse é o processo”.
Com as contratações de Erick, Nestor e Michel Araújo, o meio-campo do Bahia se tornou o setor com a maior variedade de opções, o que, segundo Rogério Ceni, é uma vantagem. No entanto, ele destaca que tanto a defesa quanto o ataque ainda carecem.
“É um meio-campo com muitos jogadores, se for olhar em detrimento a outras posições que precisamos mais. Mas também é a opção do Grupo, da análise de mercado, de apostar na revenda futura, e porque o campeonato é longo. Mas, logicamente, se analisar o meio-campo que temos com a defesa e o ataque, realmente é uma posição mais bem servida”.
Embora o Bahia esteja em uma posição financeira inédita, não haverá ‘exageros’ no mercado de transferências, de acordo com o próprio técnico do time baiano.
Segundo Ceni, a perda do Bahia SAF nos primeiros anos está alinhada com as expectativas do Grupo City para o começo do projeto. Ele também compreende que o crescimento dos investimentos será diretamente proporcional à regularidade do clube em gerar receitas e se manter em posições de destaque na tabela de classificação.
“Hoje é um Grupo que tem a possibilidade. Não vai fazer loucuras, não vai fazer coisas que vão sair muito fora do planejamento. Tem o planejamento de ter um pouco de prejuízo no começo, o que é natural ao investir e ter um clube na frente. E que vai ser diminuído a cada ano, assim esperamos, se mantendo em Libertadores, o que é muito importante”.
“É muito legal para o torcedor ver jogador do São Paulo vindo para cá, jogador do Flamengo, que era de Seleção Brasileira, vindo para cá. Conseguimos trazer Jean Lucas, Caio, que se destacaram, mas que não tinham tanto nome. Mas o nome não significa nada, mas sim o que aquele cara produz e vai garantir no momento. É a filosofia do Grupo para os clubes que são satélites do Manchester City, que é trazer jogadores que podem ser utilizados tecnicamente, mas que também podem realizar uma venda”.
“Varia muito de jogador, pelo que eles vislumbram para o futuro ou para o presente. Eu não tenho o mesmo tempo e quero sempre acelerar o processo, como falei no ano passado. São peças importantes, devem chegar ainda mais uma ou outra peça”.