Everson tem a possibilidade de se tornar o goleiro que mais atuou pelo Atlético-MG, após renovar seu vínculo com o clube e estender seu contrato até o final de 2027. Durante a pré-temporada do Atlético-MG nos Estados Unidos, o atleta concedeu uma entrevista exclusiva ao ge. Ele discutiu a proposta do Bahia para deixar o clube, a vontade de defender a seleção brasileira, o trabalho com Cuca e um sonho familiar que pode se tornar realidade no Galo.
Antes de confirmar a renovação com o Galo, o Bahia apresentou uma proposta para libertar o goleiro da equipe mineira. Everson falou pela primeira vez sobre essa proposta e como percebeu a chance de colaborar com Rogério Ceni, um de seus ídolos.
“Foi uma proposta tentadora do Bahia, trabalhar com Rogério, com indicação dele, foi uma proposta tentadora, mas deixei claro que a prioridade era ficar no Atlético. Tivemos conversas, tratativas, chegamos a uma valorização e um denominador comum. Foi muito valioso, bom, sinal de reconhecimento no Atlético e de outro clube grande também”.
Quando questionado sobre o que o motivou a permanecer no Galo, o goleiro destacou a sua ligação com o clube. Everson ingressou no Galo em 2020, disputou 278 partidas com a camisa alvinegra e conquistou quatro títulos mineiros, além de ser campeão Brasileiro, Copa do Brasil e Supercopa.
“Minha história (crucial para renovação), tudo que conquistei aqui, onde mais joguei, mais conquistei títulos, onde cheguei na seleção brasileira. Tenho essa vontade de continuar em alto nível e se manter no radar da seleção brasileira. Então, com certeza, minha história aqui no clube”.
Com o início da pré-temporada nos Estados Unidos e a disputa do Campeonato Mineiro, o Atlético dispensou Gabriel Delfim, reserva imediato do goleiro, para treinar com o time sub-20 em Belo Horizonte. A decisão possibilitou a presença do goleiro Kaio, do sub-16, com a equipe profissional em Orlando.
Quando perguntado sobre a chance para o jovem, Everson desvendou um “sonho de pai” que pode se tornar realidade no Galo. Marcos Paulo, seu filho de 14 anos, está matriculado nas divisões de base do clube.
“Vejo o Kaio e passa um filme na minha cabeça, não do passado, mas do futuro. O Kaio tem 16 anos, e eu tenho um filho de 14 anos, que está no sub-15 hoje. Comecei a pensar, será que daqui a três anos, no Galo em 2027, numa viagem dessa, eu vou tá treinando com meu filho? Seria a realização de um sonho”.
No começo deste ano, Cuca retornou ao Atlético para sua quarta passagem. Everson já trabalhou com o treinador em 2021, porém, antes disso, trabalhou com ele no Santos.
“Todos os técnicos que trabalhei foram importantes, mas, com o Cuca, tenho um carinho especial. Ele estava no meu antigo clube (Santos) quando eu estava lá. Falei com ele que queria vir para o Atlético. O Cuca me ajudou que eu pudesse vir”.
“É um cara que tem um lado humano e que me ajudou até antes deu vir para o Atlético e vamos trabalhar para que a gente possa fazer mais uma linda história”.