Diferença entre Palmeiras e Corinthians na venda de jovens jogadores gera debate
A discrepância entre Palmeiras e Corinthians na venda de jovens jogadores foi tema de debate no programa Jogo Aberto. Enquanto o clube alviverde se consolidou como referência na valorização de atletas da base, o Corinthians enfrenta dificuldades para lucrar com suas promessas. O jornalista Chico Garcia apontou que o fator financeiro pesa diretamente na diferença entre os clubes.
“É o desespero do clube. O Palmeiras está estruturado, o Corinthians precisa (de vendas e dinheiro). Aí também muda o preço (fica mais barato)”, analisou.
A diferença nos valores das negociações recentes evidencia o cenário. Em 2023, o Corinthians vendeu o zagueiro Murillo ao Nottingham Forest por 12 milhões de euros, com mais 2 milhões em metas. Já o Palmeiras acertou a saída de Vitor Reis, também zagueiro, para o Manchester City por 37 milhões de euros, mais que o triplo do valor pago por Murillo.
Presente no debate, João Paulo Cappellanes criticou a postura da diretoria corintiana no mercado de transferências e ironizou a facilidade com que o clube negocia seus jovens talentos.
“A diferença é: se você chegar com uma mala de dinheiro, talvez consiga comprar jogadores (do Palmeiras). Se você chegar em muito clube do futebol brasileiro, tipo o Corinthians, com um saco de crochê e um refrigerante de dois litros, talvez você leva a molecada da base”, afirmou.
Nos últimos anos, o Palmeiras se tornou referência na venda de promessas, com cifras que superam 100 milhões de euros somando apenas as negociações de Endrick (Real Madrid) e Estêvão (Chelsea). O clube tem adotado uma estratégia de valorização gradual dos atletas da base, promovendo oportunidades no time principal antes de negociá-los por altos valores no mercado europeu.
Além de Endrick e Estêvão, outros nomes como Luis Guilherme, vendido ao West Ham, e Vitor Reis, adquirido pelo Manchester City, reforçam a estratégia bem-sucedida do Palmeiras. O modelo tem sido elogiado e colocado como exemplo para outros clubes brasileiros que buscam maior retorno financeiro em suas categorias de base.
O Corinthians, por outro lado, enfrenta dificuldades financeiras e acaba precisando negociar seus talentos rapidamente, muitas vezes por valores considerados baixos em comparação ao mercado europeu. A diferença de gestão entre os clubes tem sido um dos fatores determinantes para a disparidade nos valores de venda dos jogadores formados na base.