Na última segunda-feira (20/1), o Grêmio anunciou que o goleiro Agustín Marchesín foi vendido para o Boca Juniors, da Argentina. Embora tenha tido uma temporada de destaque com a camisa gremista, o relacionamento nos bastidores motivaram a saída do jogador.
O arqueiro argentino de 36 anos de idade foi contratado no início de 2024, depois que ele se desvinculou do Celta de Vigo, da Espanha, e assinou contrato por dois anos, até o fim de 2025. No entanto, depois de uma temporada, ele quis retornar ao país natal.
Há algumas semanas, o jogador já havia demonstrado interesse em ser negociado e o Imortal começou a tratar uma compensação financeira com o Boca Juniors. Os valores pela venda começaram na casa dos 500 mil dólares, chegaram a 800 mil, até as partes se acertarem por mais que o dobro da segunda oferta.
O Grêmio aceitou vender os direitos econômicos de Marchesín por 1,8 milhões de dólares, cerca de 10,8 milhões de reais. Assim, o clube oficializou a transação por meio de uma nota oficial.
“O Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense informa que recebeu uma proposta do Club Atlético Boca Juniors pelo goleiro Agustín Marchesín e, após negociações com o clube argentino e a manifestação do atleta em retornar ao seu país natal, alcançou um acordo para a transferência onerosa dos direitos econômicos do atleta”, confirmou.
Mas o que não foi exposto é que sair do Grêmio não estava influenciado apenas pelo desejo de retornar a Argentina. Havia indícios de uma relação conturbada nos bastidores com colegas de trabalho e outros jogadores. Segundo o jornalista Eduardo Deconto, do Trivela, “o ambiente de Marchesín no vestiário e no dia a dia de trabalhos do clube não era dos melhores”.
Dois episódios com Marchesín corroboram isso. Ano passado, ele se indispôs publicamente com o treinador Renato Gaúcho ao reclamar de estar revezando a titularidade com o goleiro Caíque.
Já a segunda desavença também foi pública. Durante um jogo contra o Palmeiras pelo Brasileirão, o argentino saiu irritado do gol e discutiu com o lateral-esquerdo Reinaldo. Os ânimos esquentaram tanto que Rodrigo Ely precisou intervir.
