A possível volta de Neymar ao Santos tem movimentado o cenário do futebol brasileiro. No entanto, um ponto crucial tem gerado dúvidas: o clube precisa virar SAF para concretizar essa negociação? A resposta é não. O retorno do craque não está condicionado à transformação do Peixe em Sociedade Anônima do Futebol, mas sim ao desejo do próprio jogador de recuperar o alto nível da carreira no time que o revelou.
Notícias mais lidas:
Neymar quer e o Santos vê oportunidade
Neymar e sua equipe entendem que ele precisa atuar com frequência, especialmente porque o técnico Jorge Jesus, do Al-Hilal, já afirmou que não pretende utilizá-lo no Campeonato Saudita. Dessa maneira, o atacante teria apenas alguns jogos de copas internacionais até o fim do contrato, no meio do ano. Com isso, atuar pelo Santos nos próximos seis meses é visto como uma chance de ganhar ritmo e atrair novas propostas na janela europeia.
Além disso, o Santos já se movimenta para viabilizar financeiramente a chegada do camisa 10. Sem depender de investidores externos, o clube aposta em contratos de patrocínio que possuem uma cláusula relacionada a Neymar e na busca por novas parcerias comerciais e ações de marketing. Sendo assim, o Peixe acredita que pode bancar o retorno do jogador sem necessidade imediata de uma SAF.
O Santos pode virar SAF no futuro?
Embora a volta de Neymar não esteja atrelada à SAF, a possibilidade de transformação do clube em Sociedade Anônima do Futebol segue sendo debatida internamente. O fundo de investimentos da Arábia Saudita (PIF), que controla clubes como Newcastle e Al-Hilal, já demonstrou interesse no Santos, e essa alternativa pode ganhar força no futuro.
Vale destacar que qualquer mudança no modelo de gestão do clube precisa passar pelo Conselho Deliberativo e por uma assembleia de sócios. Por isso, a venda do futebol santista para investidores ainda depende de muitas etapas burocráticas.
A torcida santista pode se animar com o retorno do ídolo, mas, por enquanto, a SAF ainda não é uma realidade imediata. Cabe ressaltar que o presidente Marcelo Teixeira defende o modelo associativo, e qualquer mudança nesse cenário dependerá das decisões do Conselho. Dessa forma, o Peixe segue focado na volta do craque sem depender de uma mudança estrutural no clube.