A declaração de Jorge Jesus sobre o planejamento do Flamengo

Jorge Jesus durante um jogo do Al-Hilal (Foto: Reprodução/Al-Hilal)

Mesmo longe do Brasil, Jorge Jesus não perde o Flamengo de foco. O treinador português não descartou uma volta ao Mais Querido, mas indicou que antes disso acontecer a diretoria precisa tomar algumas atitudes para subir ainda mais o patamar da equipe.

Em 2019, o Flamengo viveu um ano mágico com a conquista do Campeonato Brasileiro e da Copa Libertadores da América. Chegou à final do Mundial de Clubes contra o Liverpool e jogou de igual para igual, sendo derrotado apenas na prorrogação.

Na sequência, se sagrou campeão da Recopa Sul-Americana, da Supercopa do Brasil e do Campeonato Carioca. Tudo que o Rubro-Negro disputou, ele venceu sob o comando do técnico português. Isso fez com que a torcida criasse uma idolatria por ele, que sempre que uma troca no comando técnico acontece, o nome dele é especulado.

Todavia, o histórico treinador não descarta retornar ao clube, mas apontou que o sucesso que obteve não vai se repetir. Isso porque a diretoria precisa voltar os esforços para montar um plantel à altura das pretensões rubro-negras. Ele apontou que a debandada dos jogadores daquela época enfraqueceram a equipe e que é preciso trabalhar para recolocar o Mais Querido em uma posição de domínio nacional e continental.

“Não tenho medo nenhum de voltar para o Flamengo no aspecto esportivo. Que não vai ser igual, não vai. A maior parte dos jogadores já não está lá. O Flamengo hoje tem que voltar a fazer um time para se enquadrar nas ambições do clube. Ao longo dos anos, foram perdendo grandes referências do elenco do meu tempo e para ter essa dimensão não se faz de um dia para o outro, se faz com o tempo, com organização, boa estrutura, qualificar cada vez mais o plantel, e depois poder avançar com o Filipe ou outro treinador, mas neste momento ainda não vai conseguir”, comentou.

Seis anos depois, oito jogadores que foram à final do Mundial de Clubes com o Liverpool já não estão no clube. Toda a linha defensiva mudou, com as saídas de do goleiro Diego Alves, os laterais Rafinha e Filipe Luís e os zagueiros Rodrigo Caio e Pablo Mari. Do meio para frente, o volante Willian Arão, o meia Everton Ribeiro e o atacante Gabigol foram outros atletas que se despediram.