LALIGA segue tentando barrar registro de Dani Olmo no Barcelona
O presidente da LALIGA, Javier Tebas, afirmou que a organização continua empenhada em impedir o registro de Dani Olmo no Barcelona para o segundo semestre da temporada na Espanha. A disputa jurídica se arrasta desde janeiro, quando o meio-campista teve sua inscrição suspensa por LALIGA e pela Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF). O clube não conseguiu comprovar o cumprimento das regras de fair play financeiro até o prazo final de 31 de dezembro.
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Apesar disso, o Ministério do Esporte da Espanha aceitou um recurso do Barcelona e restabeleceu o registro do jogador, além do atacante Pau Víctor, uma semana depois.
Tebas declarou que LALIGA tomará todas as medidas necessárias para reverter essa decisão e criticou a decisão da Justiça. Clubes como Atlético de Madrid, Espanyol e Valencia se manifestaram contra a liberação dos jogadores, alegando que o Barcelona não seguiu os regulamentos financeiros estabelecidos.
Desde que foi autorizado a atuar, Olmo disputou três partidas pelo Barcelona, incluindo a final da Supercopa da Espanha contra o Real Madrid. No entanto, o meia se lesionou e desfalcou a equipe nos últimos dois jogos. Pau Víctor, por sua vez, teve poucas oportunidades, jogando apenas 39 minutos em duas partidas. Apesar das reclamações de outros clubes, Tebas esclareceu que os resultados dos jogos não podem ser contestados, pois os jogadores estavam devidamente registrados no momento em que entraram em campo.
Olmo foi contratado pelo Barcelona junto ao RB Leipzig por 60 milhões de euros e teve seu primeiro registro viabilizado por uma regra que permite substituir jogadores lesionados, utilizando até 80% do salário do atleta afastado. No caso do Barcelona, a vaga foi aberta por Andreas Christensen. No entanto, ao perder o prazo para comprovar a adequação às normas financeiras, o clube teve o registro de Olmo e Víctor cancelado em 1º de janeiro.
A LALIGA reconheceu que o Barcelona conseguiu regularizar sua situação em 3 de janeiro, mas argumentou que, segundo as regras, um jogador não pode ser registrado duas vezes pelo mesmo clube na mesma temporada.
O Barcelona contestou essa interpretação e apresentou um relatório de 52 páginas para defender seu ponto de vista. A Justiça deu parecer favorável ao clube catalão, permitindo um novo registro temporário dos atletas. A decisão final do caso pode levar até três meses.