O ex-jogador Felipe Melo confirmou oficialmente o fim da carreira como atleta profissional aos 41 anos. A decisão ocorreu após sua saída do Fluminense, clube onde conquistou títulos relevantes. Em entrevista exclusiva à ESPN, o veterano detalhou os motivos que o levaram a encerrar uma trajetória de mais de duas décadas no futebol.
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Com passagens por 12 clubes e participação em Copas do Mundo pela seleção brasileira, Felipe Melo destacou o desgaste acumulado como fator central para a aposentadoria. Ele ressaltou que, além das limitações físicas, o esgotamento mental pesou significativamente. O atleta iniciou a carreira aos 16 anos e enfrentou pressões constantes, especialmente com o avanço das redes sociais.
Segundo o ex-volante, a exposição nas plataformas digitais afetou não apenas sua rotina, mas também a família. Ele mencionou que comentários críticos após derrotas impactavam o emocional dos filhos, que acompanhavam sua trajetória de perto. A cobrança excessiva, mesmo em momentos de contratempos esportivos, contribuiu para a reflexão sobre o momento de transição.
Além disso, Felipe Melo reconheceu o desgaste emocional durante sua volta ao Brasil. Apesar de agradecer a torcedores e clubes, ele enfatizou a dualidade no tratamento recebido entre vitórias e derrotas. Mesmo com o apoio familiar para superar críticas, o jogador admitiu que a autocobrança o levou a repensar prioridades.
“Por mais que a família fale ‘não tem problema, você perdeu foi um jogo, pode sair que ninguém vai falar nada que você não foi o culpado’, mas a gente se cobra bastante. Então eu já não estava disposto a deixar de fazer certas coisas com minha família”, disparou.
Transição de carreira e últimos desafios no futebol
Originalmente, o plano de aposentadoria estava previsto para 2023. No entanto, a conquista da Copa Libertadores pelo Fluminense motivou a renovação do contrato por mais um ano. O objetivo era disputar a Recopa Sul-Americana, competição que integrava seus projetos finais como atleta.
Entretanto, o período adicional no clube carioca trouxe desafios inesperados. Felipe Melo enfrentou uma fase de incertezas institucionais, incluindo riscos de rebaixamento do time. Apesar da redução de oportunidades em campo, o jogador manteve papel ativo como líder. Ele destacou o esforço para apoiar o grupo, exercendo influência mesmo fora dos gramados.
“Foi muito desgastante. Foi um ano de muita fé nesse momento de incógnita, de vai cair, não vai cair. Em nenhum momento eu deixei entrar no meu coração a hipótese de cairmos. E mesmo não jogando, com o treinador não me utilizando, fiz questão de estar junto”, declarou.
