O Atlético-MG oficializou Paulo Bracks como novo Chief Sports Officer, com a missão de recuperar o protagonismo das categorias de base do clube. O executivo, que já atuou no América-MG e no Internacional, destacou a necessidade de um projeto sólido para reverter o cenário atual, considerado abaixo do potencial alvinegro.
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Bracks apresentará à Sociedade Anônima do Futebol (SAF) um plano estruturado em três eixos: captação de talentos, transição eficiente para o time profissional e valorização dos ativos formados. O objetivo é iniciar mudanças imediatas, com resultados esperados em três meses e impactos mais consistentes em até três anos.
Durante sua passagem pelo Internacional, em 2021, o executivo implementou uma reformulação similar, trazendo o argentino Gustavo Grossi para gerir as categorias de base. A experiência será adaptada ao Atlético-MG, priorizando a excelência na formação e a retenção de jovens promessas. “Não vamos aceitar perder jogador para os grandes clubes. Temos que entrar fortes. Não vamos aceitar perder jogador para os grandes clubes”, afirmou Bracks.
Além disso, o dirigente criticou a baixa representatividade de atletas formados pelo clube em equipes europeias de destaque, citando apenas Savinho como exemplo recente. Para ele, é essencial fortalecer a identidade da base, garantindo maior visibilidade e aproveitamento no cenário internacional.
Estrutura existente e adaptações necessárias
Atualmente, o Atlético-MG conta com Erasmo Damiani como gerente das Categorias de Base desde 2021. Damiani focou em melhorar processos, estruturas e na iniciação esportiva, considerada a base do projeto. Contudo, Bracks avalia que, apesar dos avanços, é preciso ajustar a metodologia para alinhar desempenho esportivo e gestão de ativos.
Neste ano, o clube adotou medidas como a inserção do sub-20 no Campeonato Mineiro durante a pré-temporada do time principal nos Estados Unidos. Já na Copinha, a equipe sub-17 chegou à terceira fase, sendo eliminada pelo Guarani por 3 a 1. Essas iniciativas refletem uma tentativa de testar jovens talentos em competições relevantes.
Por outro lado, Bracks enfatizou que as mudanças não se limitam a investimentos pontuais. “A base exige tempo e equilíbrio entre captação, transição e valorização. Não adianta focar apenas no sub-20 ou na captação; é necessário integrar todas as etapas”, explicou.
O executivo também ressaltou a importância de não desperdiçar a estrutura já existente no clube, aproveitando-a para implementar uma nova filosofia de trabalho. Assim, a proposta inclui diálogo constante com os acionistas, seguindo o modelo aplicado no Internacional.