Mauro Cezar Pereira analisou a contratação de Leonardo Jardim como novo técnico do Cruzeiro. O jornalista apontou que a escolha pelo português é um movimento interessante, mas que está curioso para saber como o comandante vai lidar com o elenco que foi montado e quanto à reação dos jogadores diante das escolhas dele.
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Desde que Fernando Diniz foi demitido do Cruzeiro, a diretoria procurava um substituto no mercado. Chegou a se reunir com Renato Gaúcho, mas não chegou a um acordo com o treinador. Nessa busca, chegou ao nome do português Leonardo Jardim. Um técnico experiente com títulos nacionais por Olympiacos, da Grécia, Mônaco, da França, e um troféu continental com o Al-Hilal.
Para o jornalista da Jovem Pan, Mauro Cezar Pereira, tudo isso eleva o currículo dele a um patamar acima de Abel Ferreira, quando chegou ao Brasil e isso o dará autonomia para definir os rumos da equipe.
“Quando vem um técnico assim, imagino o Paulo Souza, que não quis compor com ninguém, o Jorge Jesus foi assim, o Abel é assim, eles chegam e tomam decisão e não fazem composição. Ele é um técnico que tem nome, fez certo sucesso na Europa e foi para o Oriente Médio. Ele é um cara de muito mais currículo que o Abel quando chegou ao Brasil. Um cara desses é um cara que chega com tamanho para tomar decisão sem olhar para o tamanho de jogador, quantos seguidores têm em rede social, se ganha mais ou se ganha menos. Acho que vai escalar o time, e para o Cruzeiro isso é bom, mas não sei ali no elenco como vai funcionar”, disse.
O jornalista continua a argumentação dizendo que a escolha por Leonardo Jardim é interessante, principalmente porque quer descobrir como será o trato dele com os medalhões da equipe.
“Acho que é uma contratação interessante, sai do lugar comum dos técnicos de sempre. É curioso, porque era o Seabra, foi para o Diniz, pensaram no Renato e pararam no Jardim. Uma viagem. Mas é uma tentativa interessante. Estou curioso para saber o que ele vai achar desse elenco, da formação do elenco, dos jogadores que vai encontrar, porque não houve critério nenhum, pensaram no que era midiático e saíram contratando, jogadores caros, não tem muito critérios de formação de equipe”, afirmou
Mauro Cezar Pereira acredita que o maior desafio do novo treinador será fazer o elenco montado funcionar com um time. Para ele, as contratações não têm sinergia para trabalhar juntas e, por isso, o português pode lançar os jovens atletas ao invés dos medalhões.
“Como tenho dito há algum tempo, são jogadores que foram ídolos de outros clubes, mas jogadores que estavam na reserva, os mais importantes estavam em baixa e tentam dar a volta por cima. Vamos ver como funciona, mas acho que aumenta a chance de virar um time. Mas imagino que ele vai ter alguns problemas. Você acha que ele vai colocar Dudu, Gabriel, todo mundo para jogar? Tem jogadores jovens ali, jogadores que vão render mais, ele vai escalar o time que rende mais, não vai escalar pelo nome. É o que eu imagino”, finalizou.