No futebol também existe o dia da caça, e do caçador. Isso porque o Zenit, da Rússia, está disposto a fazer o possível para tirar Gerson do Flamengo, mas o Rubro-Negro, assim como fez o clube russo em outras oportunidades, não pretende facilitar o negócio. Aliás, pelo contrário, os cariocas sequer cogitam a chance de acordo nesta janela.
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Inicialmente, os russos sondaram a possibilidade de um negócio por 28 milhões de euros (R$ 169 milhões), mas segundo Júlio Miguel Neto, o Rubro-Negro estipulou um valor a partir de 35 milhões (cerca de R$ 210 milhões). O Zenit, então, concordou com a pedida e ainda incluiu um salário de 600 mil euros por mês para tê-lo por quatro temporadas.
Mas de acordo com ‘O Globo’, a venda foi descartada pela diretoria rubro-negra antes mesmo da oferta oficial em mesa. Isso porque o clube trabalha com a prioridade de manter seus titulares ao menos até o Mundial de Clubes, entre junho e julho. Até por isso vetou a saída de Wesley para o Zenit anteriormente.
Oferta oficial
O Flamengo adota, ao menos internamente, um discurso no sentido que “nenhuma oferta é irrecusável”, no máximo são ignoráveis. A sentença por ora não se aplica ao caso de Gerson, pois, ainda de acordo com ‘O Globo’, clube e jogador desconhecem a proposta do Zenit. De todo modo, a cúpula rubro-negra já se prepara para mantê-lo.
A ideia do Flamengo é tão antagônica à transferência, que o clube trabalha para oferecer uma valorização salarial ao jogador a fim de estender seu vínculo com a equipe – que tem vigência até dezembro de 2027.
Fase capitão
Gerson sempre despontou como um craque em solo nacional, mas sua evolução como capitão – de 2024 para cá – é escandalosa. O camisa 8 amadureceu e chamou o protagonismo não só dentro de campo como fora também. Não à toa, há uma pressão na mídia brasileira para que o coringa rubro-negro seja titular na Seleção Brasileira de Dorival Júnior.
Em 2024, temporada que lhe concedeu a braçadeira, Gerson disputou 56 partidas pelo Mais Querido e contribuiu com quatro gols, além de nove assistências. Mas reduzir o futebol do capitão aos números é ignorar o papel crucial do jogador no desenvolvimento do time entre os setores defensivos e ofensivos.
Se contabilizarmos as duas passagens pelo clube, o camisa 8 esteve presente em 227 partidas e contribuiu com 18.082 minutos jogados. Foram 17 gols e 30 assistências aos companheiros.
