Flamengo questiona contrato da Libra com a Globo e busca mudanças nos direitos de TV do Brasileirão
A diretoria do Flamengo iniciou uma ofensiva para questionar os termos do contrato firmado pela Libra com a Globo para a transmissão do Campeonato Brasileiro entre 2025 e 2029. O clube considera que o acordo apresenta falhas significativas e busca mudanças que possam minimizar os impactos financeiros negativos.
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A gestão do presidente Luiz Eduardo Baptista avalia que a negociação feita pela Libra não foi favorável aos clubes e que a Liga Forte União conseguiu condições melhores. Internamente, há a estimativa de que o Flamengo possa perder entre R$ 80 milhões e R$ 100 milhões por ano com o contrato.
Desde o ano passado, Luiz Eduardo Baptista já se mostrava crítico ao acordo, apontando falhas nas cláusulas e na distribuição dos valores entre os clubes. No entanto, no Conselho Deliberativo, adotou um tom mais moderado, e o contrato acabou sendo aprovado. Agora, a nova diretoria do Flamengo quer revisar dois pontos principais do acordo: a redação das cláusulas, que considera confusa e prejudicial, e os critérios de distribuição do dinheiro entre os clubes da Libra.
À frente das negociações estará Marcelo Campos Pinto, ex-diretor da Globo, contratado pelo Flamengo para atuar na questão dos direitos de TV. Ele já participou da Assembleia da Libra realizada na última sexta-feira (9).
Um dos principais pontos de discordância está relacionado ao pay-per-view. O contrato prevê que 40% da receita líquida dessa modalidade seja destinada aos clubes da Libra, mas há dúvidas sobre os critérios de divisão. O documento indica que o percentual está condicionado à presença de 20 clubes da Série A, sem especificar se todos devem ser da Libra ou se basta que assinem contrato de pay-per-view, como ocorreu com a Liga Forte União.
A preocupação da diretoria do Flamengo é que a falta de clareza nas cláusulas possa resultar em uma distribuição desvantajosa para os clubes, favorecendo a Globo. O clube pretende seguir com as discussões para tentar modificar os pontos considerados prejudiciais no acordo.