Flamengo e Fluminense se enfrentaram neste sábado (8), em jogo válido pela nona rodada do Campeonato Carioca. O clássico foi sonolento, sem muitas oportunidades para os dois lados, e os times não saíram do 0 a 0.
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Ao final da partida, Filipe Luís, como de praxe, concedeu entrevista coletiva. Além de analisar o clássico, o treinador falou sobre os seis anos da tragédia no Ninho do Urubu, a maior catástrofe da história do Flamengo.
“É uma data que temos que lembrar. Eu jamais vou esquecer. Não estava aqui, mas sinto a presença desses meninos no Ninho. Hoje de manhã falei com dois pais, do Bernardo e do Cristian, e há uma conexão. É importante que eles sejam lembrados. É importante saber que o clube lembra desse assunto. Não podemos esquecer. Os meninos vieram aqui atrás de um sonho e não saíram. É muito triste. A torcida sempre lembra e é importante”, disse.
Tragédia no Ninho do Urubu
No dia 8 de fevereiro de 2019, o Flamengo viveu o capítulo mais triste e nebuloso de sua história: o incêndio que culminou na morte de 10 jovens jogadores das categorias de base do clube.
Os alojamentos eram em containers, e a estrutura tinha apenas uma porta de saída para seis quartos, cujas janelas eram fechadas por grades, o que dificultou ainda mais o salvamento. O ar condicionado de um dos quartos deu problema e pegou fogo.
Os materiais dos containers foram considerados inapropriados, o que fez com que o fogo se alastrasse em apenas um minuto e 28 segundos. Conforme apurado, houve muita fumaça preta e calor nos ambientes.
Ao todo, 10 jogadores faleceram na tragédia. Foram eles: Athila Paixão (14 anos), Arthur Vinícius de Barros Silva Freitas (14 anos), Bernardo Pisetta (14 anos), Christian Esmério (15 anos), Gedson Santos (14 anos), Jorge Eduardo Santos (15 anos), Pablo Henrique da Silva Matos (14 anos), Rykelmo de Souza Vianna (16 anos), Samuel Thomas Rosa (15 anos) e Vitor Isaías (15 anos).
Outros três ficaram feridos: Cauan Emanuel Gomes Nunes (14 anos), Francisco Dyogo Bento Alves (15 anos) e Jhonatan Cruz Ventura (15 anos).
