Cruzeiro x Atlético-MG: a declaração de Alexandre Mattos

Alexandre Mattos, CEO do Cruzeiro (Foto: Reprodução/Instagram)

A atuação da equipe de arbitragem na derrota por 2 a 0 para o Atlético-MG deixou marcas profundas nos dirigentes do Cruzeiro neste domingo, 9. O CEO de futebol da Raposa, Alexandre Mattos, fez um pronunciamento após o jogo, sem abrir possibilidade a perguntas, para questionar a atuação de Rodolfo Toski Marques à frente do VAR e cobrar isenção da Federação Mineira de Futebol.

“O VAR teve papel fundamental no jogo de hoje. Dudu foi pisoteado por um companheiro de profissão, que deveria ser, no mínimo, questionado com as imagens (no VAR)”, iniciou Mattos.

O CEO de futebol não ficou na bronca pelo julgamento da arbitragem na expulsão de Gabigol, mas por um lance que ocorreu cerca de dez minutos antes. Isso porque o Cruzeiro entende que Lyanco, envolvido na jogada que culminou no vermelho do camisa 9, deveria ter sido expulso aos 17 minutos por um pisão no braço de Dudu.

“Isso foi antes da expulsão do Gabriel. Infelizmente, não aconteceu. No lance do Gabriel, pessoas da comissão técnica do Cruzeiro relataram agora, no vestiário, que o próprio árbitro de campo dizia: “Ele abaixou a cabeça, abaixou a cabeça”. Acredito que (o VAR) insistiu na expulsão, tanto que o árbitro tinha dito sobre abaixar a cabeça”, acrescentou o CEO.

Cobrança por isenção

Os questionamentos não pararam por ai, e Mattos foi além. O dirigente estranhou a escala de arbitragem ser feita majoritariamente entre membros da FMF (Federação Mineira de Futebol), mas à exceção vir diretamente da cabine do VAR. Isso porque Rodolfo Toski Marques é do Paraná, mesma terra do técnico Cuca, do Atlético-MG – fato que chamou atenção do CEO.

“A arbitragem (de campo) era toda mineira, mas porque veio árbitro de VAR do Paraná? Não entendi essa. Veio um nascido em Curitiba. Nosso rival, o treinador é de Curitiba. Estranho, no mínimo. Para quê? A Federação precisa, de uma vez por todas, ser isenta, correta e transparente. Então o Cruzeiro começou o Mineiro tendo que mover montanha para mudar um jogo. Mudaram, meio que pressão enorme que fomentamos para mudar o jogo. Mas vem o treinador do Atlético falar que jogaria na quinta, 24 horas depois o jogo é na terça. Não teve que mover montanhas, só dar uma entrevista”, pontuou.

Mattos seguiu com discurso de um possível favorecimento ao arquirrival por parte da FMF: “Coisas corriqueiras que vêm acontecendo com o Cruzeiro, mas eu vim falar para o torcedor que acabou. O Cruzeiro não vai aceitar nenhum tipo de benefício, não querermos favorecimento, mas também não vamos aceitar passivamente esse tipo de situação externa”, completou.

A derrota ao menos não interferiu na situação da Raposa no campeonato, que se mantém na liderança isolada do Grupo C, com 11 pontos. O último desafio celeste na primeira fase do Estadual acontece na quarta-feira, 12, diante do Democrata GV, na Arena do Jacaré.