Vasco: Pedrinho é sincero sobre busca por reforços

Pedrinho, presidente do Vasco (Foto: Reprodução/Vasco TV)

O presidente Pedrinho concedeu breves declarações à imprensa durante o evento de sorteio da Copa do Brasil na sexta-feira, 7, para elucidar a situação do Vasco na janela de transferências. Justificando os porquês da metodologia mais sigilosa nas negociações, o mandatário abriu o jogo quanto ao planejamento do Cruz-Maltino para investir os US$ 5 milhões (quase R$ 30 milhões) que tem ainda tem à disposição no mercado anual.

Mesmo com orçamento de R$ 30 milhões para o ano de 2025, ou seja, envolvendo as duas janelas, o Vasco mantém expectativa de contratar entre dois e três atacantes antes da primeira data limite – dia 28 de fevereiro. O número é baseado no mecanismo financeiro adotado pelo clube para viabilizar a chegada de reforços.

“Estamos tentando há muito tempo. Estamos no mercado há um tempo, já trouxemos quatro jogadores numa condição que necessitávamos muito, na defesa. Trouxemos o Tchê Tchê, por exemplo. Agora, todo mundo sabe que estamos buscando jogadores ofensivos, estamos buscando atacantes. Queremos trazer entre dois ou três nomes. Não vou falar os nomes, pois ao divulgar nome nós levamos desvantagem”, declarou Pedrinho.

“Mas não adiante muito esconder porque a análise de mercado de desempenho, todo mundo tem tudo mapeado de todas as prateleiras. Então são os nomes que rodam que vocês falam praticamente diariamente nos programas. O Rony é um deles, é um jogador pelo qual temos interesse, é uma negociação difícil pelos valores. A gente já conversa há bastante tempo”, completou.

Mecanismo Financeiro

“Se o meu CEO diz que eu tenho um orçamento de 5 milhões de dólares para o ano, para o ano (!), sabendo que eu ainda tenho outra janela, eu tenho que criar um mecanismo financeiro para conseguir contratar jogadores. Se eu quero um jogador de uma prateleira acima, como era o Bruma, que era um jogador de 7 milhões de euros, eu preciso de uma lógica financeira. Dando um exemplo, eu ofereço 2 milhões de dólares este ano, 1 milhão de dólares no segundo”, e prosseguiu:

“Dói no meu ouvido muito mais do que dói no ouvido do torcedor porque é o meu CPF que está aqui. Tenho que ser responsável com o clube. Nós fomos agressivos, ninguém fica no sofá”, completou o presidente.

Desejo por Rony e negociações frustradas

Como dito por Pedrinho, não é de hoje que o Vasco tem se movimentado a fim de encontrar ao menos um atacante de velocidade capaz de atuar pelos lados, afinal o clube coleciona negociações frustradas nesta janela. Casos de Bruma, Brian Rodríguez e Cuello, por exemplo. O Cruz-Maltino agora tenta costurar um desfecho diferente nas tratativas por Rony, do Palmeiras, mas ainda assim esbarra em desafios financeiros e de interesse.

A carência ofensiva é um problema antigo no Vasco e justamente por isso tem se intensificado nos últimos dias, principalmente após críticas contundentes à atuação vascaína na derrota de virada para o Fluminense, no Mané Garrincha.

Dos nomes mencionados acima, o Cruz-Maltino mantém expectativas por dois: Brian Rodríguez e Rony. As negociações, porém, são em modelos distintos. Isso porque a ideia do Vasco é comprar mais da metade dos direitos do uruguaio junto ao América-MÉX por algo em torno de 4,5 milhões de dólares (cerca de R$ 26,5 milhões). Oferta esta que não agradou aos mexicanos, mas os cariocas estudam uma nova investida em breve.

Já a negociação com Rony, do Palmeiras, envolve um pouco mais de imbróglios e seria por empréstimo. A diretoria do Vasco foi informada que o atacante não faz parte dos planos do Alviverde para temporada, mas esbarra no desejo do jogador – que também tem proposta do Santos. Além disso, as partes ainda estão longe de um acerto quanto aos vencimentos do atleta, com o Verdão disposto a arcar com parte dos custos.