O técnico Leonardo Jardim admitiu o momento crítico do Cruzeiro após a derrota por 2 a 1 para o Democrata-GV, nesta última quarta-feira (12), pelo Campeonato Mineiro. Em coletiva, o treinador reconheceu a pressão sobre o time, que acumula três tropeços consecutivos no estadual, e reforçou que os jogadores experientes devem liderar a reversão do cenário.
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Estratégias para reverter a sequência negativa
Apesar de comandar um elenco com jovens promissores, Jardim descartou a exposição de atletas da base em meio à crise. “Não é que agora vou iniciar um garoto da base numa panela fervendo. Sou incapaz de fazer isso. Nós e jogadores com mais idade temos a responsabilidade de inverter o rumo dos acontecimentos. Temos que nos agarrar aos mais experientes”, afirmou.
O português ainda ressaltou que o grupo principal precisa corrigir falhas rapidamente, já que o Cruzeiro terminou a fase de grupos com a sexta melhor campanha, mesmo liderando o Grupo C.
Nas semifinais, o time enfrentará o América-MG, e o treinador destacou a urgência em elevar o desempenho. “Temos que progredir a níveis superiores, porque jogadores, torcedores, direção e treinador queremos ser mais competitivos”, declarou.
Vaias da torcida e análise técnica do desempenho
Questionado sobre as vaias dirigidas ao time durante o jogo, Jardim evitou responsabilizar indivíduos. “A cobrança é justa, pois a torcida exige resultados. Porém, o problema é coletivo, e não de um ou outro jogador”, argumentou. O técnico ainda explicou que optou por poupar titulares visando o mata-mata, mas admitiu que a falta de ritmo de parte do elenco prejudicou o rendimento.
“Com certeza, sabia que a cobrança no Brasil é grande. Aqui, no Cruzeiro, os torcedores querem ganhar e são apaixonados. Eles não estão felizes com a equipe. Individualizamos situações às vezes. Mas a equipe, todos sabemos que estamos num momento abaixo”, acrescentou.
Preparação para as semifinais
Jardim sinalizou que fará análises técnicas detalhadas para ajustar o time antes das semifinais. Ele destacou que a equipe precisa melhorar a coesão em campo, já que muitos jogadores ainda não possuem sintonia após pouco tempo de trabalho. “Uma coisa é treinar, a outra é jogar. Por isso, temos que avaliar o elenco também”, explicou.
O treinador também reforçou que o grupo deve encarar o mata-mata como uma oportunidade para resgatar a confiança. “Estamos no início do processo. Temos que trabalhar e acreditar. Esses são os jogadores que temos. Temos que apoiar e dar mais tempo para que eles possam evoluir e crescer”, destacou.