O Campeonato Carioca tem sido palco de várias discussões, e uma das mais recentes envolve a bola utilizada nas partidas. A Ferj, Federação de Futebol do Rio de Janeiro, se viu obrigada a se pronunciar após críticas de jogadores e técnicos sobre as características da bola do torneio.
Notícias mais lidas:
As reclamações foram fortes e surgiram principalmente por parte de clubes tradicionais como Flamengo e Fluminense.
Críticas à bola
As críticas começaram quando Filipe Luís, técnico do Flamengo, fez observações sobre a bola utilizada no Cariocão, sendo acompanhado por outros jogadores, como Thiago Silva, do Fluminense, e Rossi, também do Flamengo.
Segundo eles, a bola possui características que a tornam diferente de outras marcas utilizadas em outros campeonatos.
“A bola quica mais que as demais bolas de outras marcas, toma uma direção diferente de uma bola padrão e apresenta, no decorrer da partida, algumas características diferentes de quando começa o jogo”, afirmou Dekko Roisman, representante do Flamengo na reunião com a Ferj.
O técnico Filipe Luís foi incisivo em suas críticas, afirmando que a bola comprometeria o desempenho das equipes e, consequentemente, a qualidade do jogo.
Para justificar sua opinião, ele usou um exemplo simples: “As bolas de tênis, por exemplo, sofrem deformações durante os jogos, e os tenistas escolhem atentamente as bolas antes dos saques”, comparando as condições da bola do Carioca com esse fenômeno.
A defesa da Ferj
Por outro lado, a Ferj se defendeu, alegando que as críticas não têm uma base científica sólida. Rubens Lopes, presidente da entidade, ressaltou que a bola utilizada no Campeonato Carioca tem aprovação da Fifa e que as reclamações dos jogadores são subjetivas, sem dados concretos para apontar falhas no produto.
“A Penalty, fornecedora da bola, recebeu apenas sete reclamações, e em campeonatos como o Paulista, por exemplo, a bola foi usada sem incidentes”, afirmou Lopes.
Entretanto, apesar da afirmação da FERJ, Neymar fez menção a Filipe Luís e reclamou da bola no Paulistão: “Com todo respeito a Penalty, que é a patrocinadora da bola, tem que melhorar a bola. Outro dia o Filipe Luís falou e eu concordo com ele. Essa bola é muito ruim. Tem que melhorar um pouco mais “
Vale destacar que a entidade se comprometeu a buscar uma empresa terceirizada para realizar uma avaliação completa e determinar se as características da bola estão dentro dos parâmetros exigidos para competições oficiais.
O impacto das críticas
Cabe ressaltar que, embora a Ferj tenha se mostrado firme em sua defesa, a insatisfação de jogadores e treinadores não pode ser ignorada. Afinal, a percepção dos atletas e os impactos no desempenho durante as partidas não podem ser desconsiderados.
Com isso, a Ferj terá a responsabilidade de garantir que todos os parâmetros da bola atendam aos critérios exigidos para o Campeonato Carioca. Por isso, a instituição busca entender mais profundamente as queixas e encontrar soluções que atendam tanto aos técnicos quanto aos jogadores, sem comprometer a qualidade do torneio.