Agora: técnico da Série A corre risco de demissão

Troféu do Brasileirão (Foto: Lucas Figueiredo/ CBF)

Pressão aumenta sobre Pedro Caixinha no Santos após derrota no clássico

O início de temporada do Santos está abaixo das expectativas, mesmo com o retorno de Neymar. A derrota por 2 a 1 para o Corinthians na última quarta-feira (12) intensificou as cobranças sobre o técnico Pedro Caixinha, que já enfrenta questionamentos internos. Pessoas próximas ao presidente Marcelo Teixeira e membros do Comitê de Gestão defendem uma troca imediata no comando, temendo que o time fique fora da fase mata-mata do Campeonato Paulista.

Pedro Caixinha, técnico do Santos (Foto: Divulgação/Santos)

O Santos ocupa atualmente o terceiro lugar do Grupo B, posição que o deixaria fora das quartas de final e, consequentemente, da Copa do Brasil de 2026. Apesar disso, Marcelo Teixeira mantém a confiança no treinador e acredita que o atraso na montagem do elenco prejudicou o trabalho até aqui. Sua intenção é manter Caixinha pelo menos até o fim da primeira fase do Paulistão, quando poderá inscrever novos jogadores. O Peixe encerra essa etapa do Estadual no dia 23 de fevereiro, diante da Internacional, em Limeira.

Marcelo Teixeira Filho, conselheiro e um dos responsáveis pela chegada de Caixinha ao clube, também defende a permanência do treinador. Ele acredita que o time ainda precisa de tempo para se adaptar ao estilo do português e vê a chegada de reforços como essencial para o restante da temporada.

Apesar da pressão externa, o ambiente no elenco segue tranquilo e profissional, sem indícios de insatisfação contra o treinador. No entanto, há questionamentos sobre sua metodologia de trabalho. Boa parte dos treinamentos tem sido físicos, técnicos e táticos em campo reduzido, priorizando a pressão pós perda e a intensidade. Sessões táticas mais amplas, voltadas para o entrosamento coletivo, são menos frequentes.

Caixinha costuma dividir os treinos por setores – defensivo, meio-campo e ataque –, o que reduz o tempo de ajustes com a equipe completa. Trabalhos táticos gerais acontecem pontualmente, de acordo com o adversário. No clássico contra o Corinthians, por exemplo, ele ensaiou uma formação com três zagueiros.

Com apenas nove pontos conquistados em 27 possíveis, o Santos tem 33% de aproveitamento no Paulistão e precisa reagir para garantir a classificação. O próximo compromisso será contra o Água Santa, no domingo (16), às 20h30, na Vila Belmiro.