O Vasco da Gama precisará se reestruturar por completo para buscar um placar favorável na segunda etapa do clássico dos Milhões, desde questões táticas às emocionais. Dominado pelo Flamengo na derrota parcial por 1 a 0, o Cruz-Maltino ainda lida com os ânimos alterados
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O desempenho aquém não foi o que mais chamou atenção na derrota parcial do Vasco da Gama para o Flamengo, por 1 a 0, no Maracanã. Isso porque uma calorosa discussão entre Léo Jardim e Vegetti escancarou os ânimos exaltados no Cruz-Maltino, que precisará de uma repaginada para etapa final do Clássico dos Milhões.
Apesar do clima quente entre os companheiros de elenco, Léo Jardim reconheceu os ânimos à flor da pele, mas definiu como “uma situação normal de jogo”.
“Foi uma situação normal do jogo (o bate-boca com Vegetti). Claro que os nervos estão à flor da pele, não dá pra pedir por favor e com licença. A gente acaba discutindo, mas sempre pelo bem do Vasco. Tivemos muita dificuldade, nos impuseram um ritmo e uma pressão muito fortes. Não conseguimos impor nosso jogo. É ver o que o professor (Carille) tem a falar, voltar para um segundo tempo melhor”, esclareceu.
O bate boca
Vegetti estava incomodado com as ações do Vasco desde o início do jogo e, inclusive, havia reclamado com Lucas Freitas antes de se envolver na confusão com Léo Jardim. O atacante era o que mais chamava atenção dos companheiros e buscava alertá-los do domínio rival durante o jogo.
Aos 25′, instantes antes da parada técnica, o clima esquentou de vez. Vegetti e Léo Jardim bateram boca de perto e chegaram a se confrontar de leve enquanto encaminhavam à beira do gramado.
Primeiro tempo do Clássico dos Milhões
Se a etapa inicial tivesse duas cores certamente seriam o vermelho e o preto. Melhor desde o início do clássico, o Flamengo reforçou o domínio das ações de cada minuto da partida, controlou a posse de bola e levou um extremo volume de jogo em seu campo ofensivo. Muito por isso que a derrota por 1 a 0 representou ‘lucro’ ao Vasco da Gama, que terá necessariamente que exercer mudanças para o segundo tempo.
Bem como o arquirrival, o Cruz-Maltino também busca por classificação antecipada nesta rodada, sem depender, portanto, de uma vitória no clássico contra o Botafogo – pelo último duelo da primeira fase. Para isso, precisará mudar obrigatoriamente a postura, o emocional e o esquema de jogo imposto pelo técnico Fábio Carille.