Ronaldo Fenômeno é sincero sobre questões financeiras do Cruzeiro

Ronaldo Fenômeno durante premiação da FIFA (Foto: Reprodução)

Ronaldo Fenômeno falou sobre o período que comandou o Cruzeiro. O ex-atacante geriu a Raposa durante três anos e revelou que o trabalho realizado salvou o clube, que estava “completamente falido” com uma dívida bilionária.

Após o time celeste iniciar o processo de transição de clube associativo para Sociedade Anônima do Futebol (SAF), quem assumiu a administração do futebol foi um ex-atleta que foi revelado pelo clube. Ronaldo Fenômeno comprou 90% das ações do Cruzeiro em dezembro de 2021 por 50 milhões de reais e se comprometeu a investir outros 350 ao longo dos anos. 

No entanto, após adotar uma política de austeridade e de equacionamento das dívidas cruzeirenses, ele revendeu o percentual dele para o empresário Pedro Lourenço por 600 milhões de reais em 2024. O lucro expressivo foi comemorado pelo jogador, mas “muito merecido”, segundo Ronaldo.

“A operação de venda foi um sucesso, foi uma porrada financeiramente muito boa, mas foi muito merecido. A gente salvou o clube. Salvamos o Cruzeiro de desaparecer”, disse.

Ronaldo Fenômeno revelou que a experiência administrando a Raposa não foi positiva. Ele encontrou uma dívida muito grande, ultrapassando 1 bilhão de reais e enfrentou bastante desgaste com o torcedor, em um momento que o clube estava “completamente falido”.

“Tive uma experiência muito dura com o Cruzeiro. Apesar de ter sido uma experiência curta e de maior sucesso administrativa da minha vida, tive um desgaste muito grande. Ainda estou me recuperando de todo o desgaste que eu sofri e o risco que eu corri. Um clube do tamanho do Cruzeiro, completamente falido, na Segunda Divisão, o meu CPF em jogo, cobrindo uma dívida de R$ 1,2 bilhão. Não tenho esse dinheiro, eu não tinha. Era um risco muito alto”, revelou.

Apesar de todos os percalços, Ronaldo revelou que tinha obrigação moral de participar da reconstrução do clube.

“Foi muito bacana, legal ter feito isso no Cruzeiro. Eu tinha uma dívida moral grande com o clube, porque, quando eu saí do Cruzeiro, fui para o PSV e achava que ainda tinha algo de dívida com o clube. Eu quito essa dívida pelo que fiz agora”, finalizou.