Corinthians sofre com bolas aéreas e busca soluções defensivas para a reta final do Paulistão
O Corinthians voltou a ser vazado pelo alto no clássico contra o Santos, na última quarta-feira. O gol de Guilherme expôs um problema recorrente da equipe de Ramón Díaz na atual temporada: quase metade dos gols sofridos no Paulistão foram em jogadas aéreas.
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Dos nove gols sofridos em dez partidas, quatro ocorreram em bolas cruzadas. Dois saíram após escanteios, com Daniel Amorim, do Velo Clube, e Lucas, do São Paulo, aproveitando a bola parada para balançar as redes. Já Lucas Evangelista, na estreia contra o Red Bull Bragantino, e Guilherme, na última rodada, marcaram em cruzamentos com a bola rolando.
O problema tem chamado a atenção do elenco, como destacou o zagueiro André Ramalho, que falhou no lance do gol santista.
“Sempre temos coisas a melhorar. Tivemos muitos cruzamentos e conseguimos tirar 99%, mas um acabou entrando. Preciso analisar melhor o lance para entender o que aconteceu, mas sei da minha responsabilidade como um dos líderes do time para ajudar na questão defensiva”, disse o defensor.
O Corinthians ainda não contou em 2025 com Gustavo Henrique, zagueiro mais alto do elenco, com 1,96m. O defensor iniciou trabalhos com bola, mas sua volta aos gramados deve ocorrer apenas nas próximas semanas.
Enquanto isso, André Ramalho segue como titular no lado direito da defesa, tendo Félix Torres como principal concorrente. No clássico contra o Santos, João Pedro Tchoca foi escolhido para atuar ao lado de Ramalho, superando Cacá na disputa interna e recebendo elogios da comissão técnica.
O treinador Ramón Díaz e seu auxiliar Emiliano Díaz têm evitado fixar uma dupla de zaga titular, deixando claro que o desempenho nos treinos e jogos será determinante para a escolha.
“Quem está bem, se dedica e joga bem, vai jogar. A titularidade não tem dono. Eles precisam mostrar na semana que querem estar em campo e desempenhar bem nos jogos”, afirmou Emiliano.
A comissão técnica reforçou que ninguém tem vaga garantida e que o rendimento individual será o principal critério para definir os titulares.
“Tchoca fez dois grandes jogos, mas a titularidade nunca será dada a ninguém. Em time grande, não se espera. É preciso render jogo a jogo e, sobretudo, nos treinamentos. Quem treina bem e se dedica, joga. Tenha o nome que tenha”, completou Emiliano Díaz.
O Corinthians segue sua preparação para os últimos jogos da primeira fase do Campeonato Paulista, buscando corrigir as falhas defensivas e garantir a classificação para o mata-mata.
