Corinthians estreia na Libertadores contra Universidad Central, que encara duelo como “desafio lindo”
O Corinthians inicia sua campanha na Libertadores nesta quarta-feira, em Caracas, contra a Universidad Central-VEN, pela segunda fase preliminar da competição. O time paulista chega como favorito diante do adversário, que faz sua primeira partida internacional da história e reconhece a grandeza do desafio.
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Fundado em 1950, o clube venezuelano conquistou um título nacional em 1957 e atualmente manda seus jogos no Estádio Olímpico de la UCV, palco do confronto contra o Corinthians. O sorteio da Libertadores colocou o time diante de um gigante do futebol sul-americano, cenário que não era o mais desejado pelo técnico Daniel Sasso.
“Quando nos reunimos para ver o sorteio…não vou mentir, nós não queríamos enfrentar o Corinthians”, admitiu o treinador em entrevista à ESPN. “Nosso desejo era não enfrentar Corinthians e Boca. Mas no momento em que aconteceu, tratamos de assimilar e entender o quão bonito será enfrentar, logo em nossa primeira partida internacional, um monstro da América do Sul.”
Apesar da dificuldade, Sasso vê a oportunidade como um marco para a Universidad Central. O treinador reconhece a disparidade técnica e econômica entre os clubes, mas acredita que o futebol pode surpreender.
“Nós não somos os favoritos, isso está claro para nós. Por isso mesmo não temos nada a perder, só temos a ganhar. Vai ser uma partida histórica para nós, um desafio lindo e queremos desfrutar”, afirmou. “Temos que fazer um jogo mais do que perfeito para enfrentar um rival como o Corinthians.”
O Corinthians chega à Libertadores com um elenco reforçado, incluindo nomes como Memphis Depay, Martínez e Garro. A diferença financeira entre os clubes é expressiva, e Sasso destacou que o salário do atacante holandês no Brasil cobre vários meses da folha salarial da Universidad Central.
“Com esse salário posso te dizer que pagam todo o elenco da UCV. Tranquilamente pagaria vários meses de toda a nossa equipe. Obviamente é um poder econômico muito importante”, disse.
Ainda assim, o treinador reforça que o futebol nem sempre segue a lógica do investimento e relembrou o exemplo do Monagas, que eliminou o Defensor-URU na fase anterior da Libertadores mesmo sem ser favorito.
“Ainda é futebol. Às vezes os nomes valem, a qualidade em campo vale, mas depois que entramos pode acontecer qualquer coisa. Temos os pés no chão e sabemos a diferença econômica e técnica, mas vamos viver esse momento com muita intensidade”, completou.
A Universidad Central aposta na partida de ida para tentar surpreender, sabendo que decidir na Neo Química Arena será um grande desafio.
“A primeira partida vai ser a mais importante, como mandante. Teremos que tentar aproveitar disso, da diferença do campo, que pode ajudar a equilibrar um pouco. Mas sabemos o quão difícil será”, afirmou Sasso.
O confronto desta quarta-feira será disputado às 21h30 (horário de Brasília). O jogo de volta, na Neo Química Arena, está marcado para o dia 26.