SPFC: a declaração de Marco Aurélio Cunha direcionada a Julio Casares

Casares durante entrevista para a ESPN (Foto: Reprodução/ESPN)

O nome de Marco Aurélio Cunha figura entre os dirigentes mais marcantes da história do São Paulo Futebol Clube. Embora afastado das atividades cotidianas do clube, o ex-diretor de futebol decidiu abordar com franqueza a situação financeira atual do Tricolor Paulista.

Durante uma entrevista ao podcast Futeboteco, ele destacou um aumento significativo na dívida do clube nos últimos anos. Sob a gestão anterior, a divida girava em torno de R$ 300 milhões, mas sob a administração atual, ultrapassou a marca de R$ 1 bilhão.

“O São Paulo tinha uma divida de quase R$ 300 milhões até (a administração) do Leco e hoje com o Julio Casares ela está em quase 1 bilhão. Como pode?”, questionou.

No decorrer da conversa, o ex-dirigente também apontou problemas relacionados à postura de alguns conselheiros diante do cenário econômico do São Paulo. Enquanto uns demonstram passividade, outros parecem desconectar-se da gravidade dos números apresentados. Apesar disso, Marco Aurélio evitou generalizações, reconhecendo que existem pessoas comprometidas dentro do grupo.

Uma SAF poderia ajudar o São Paulo?

Ao ser questionado sobre a viabilidade de uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF) como solução para os desafios enfrentados pelo clube, Marco Aurélio expressou ceticismo.

Ele ponderou sobre a possibilidade de um investidor estrangeiro assumir o controle, mas alertou para os riscos envolvidos. Caso o investimento não gere resultados positivos, o proprietário pode optar por encerrar as operações, especialmente se perceber que sua vaidade está sendo afetada pelo desempenho ruim do time.

Vale ressaltar que Marco Aurélio Cunha possui uma trajetória extensa e diversificada no futebol brasileiro. Sua história no São Paulo começou na década de 70, quando ingressou como estagiário no departamento médico. Permaneceu nessa função até 1990, retornando em 2002 já como executivo de futebol.

Sob sua atuação, ajudou a montar equipes campeãs da Libertadores e do Mundial em 2005, além do tricampeonato Brasileiro entre 2006 e 2008.

Antes de reassumir seu posto no São Paulo, ele acumulou experiências em clubes como Bragantino, Guarani e Santos, sempre atuando na área médica. Após sua saída do Tricolor, seguiu contribuindo para o futebol nacional nas diretorias de Avaí e Figueirense, em Santa Catarina.