O Cruzeiro acertou a contratação do zagueiro paraguaio Mateo Gamarra por empréstimo até o fim de 2025. O jogador, que pertencia ao Athletico-PR, chega com a opção de compra fixada em € 3 milhões (R$ 17,97 milhões na cotação atual). A negociação incluiu a ida do atacante Tevis, de 19 anos, ao clube paranaense. O técnico Leonardo Jardim participou da decisão e aprovou a chegada do defensor.
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Antes de se destacar no futebol sul-americano, Gamarra teve que superar desafios. Em 2020, quando atuava pelo Independiente da Segunda Divisão do Paraguai, a pandemia da Covid-19 interrompeu as competições. Sem condições financeiras para se manter apenas com o futebol, o zagueiro retornou à sua cidade natal, Concepción, onde trabalhou como pintor de barcos e na limpeza de pátios e máquinas. No segundo semestre daquele ano, conseguiu voltar aos gramados pelo 12 de Octubre, já na elite paraguaia.
Encontro com Gabigol
Seu desempenho chamou a atenção do Olimpia, que o contratou por empréstimo. Em sua estreia pelo clube, Gamarra enfrentou o Flamengo, nas quartas de final da Libertadores. O jogo terminou em uma goleada de 5 a 1 para os brasileiros, mas marcou um episódio curioso: ao final da partida, Gamarra pediu a camisa de Gabigol e, surpreendentemente, recebeu uma resposta positiva.
“Depois de bater muito nele, perguntei se poderia pegar a camisa e se ele queria a minha. Ele disse que sim”, revelou o defensor em entrevista ao portal Versus.
Passagem pelo Athletico-PR
Após se destacar no Olimpia, Gamarra foi contratado pelo Athletico-PR no final de 2023 por R$ 17 milhões. No entanto, sua passagem pelo clube foi irregular. Ele iniciou 2024 com boas chances no time comandado por Juan Carlos Osorio, mas acabou perdendo espaço devido ao limite de estrangeiros no Campeonato Paranaense. Com as mudanças na comissão técnica ao longo do ano, teve poucas oportunidades, disputando 36 dos 73 jogos da equipe, sendo 32 como titular.
Gamarra também enfrentou dificuldades fora dos gramados. Durante a pandemia, perdeu o pai, um evento que teve grande impacto emocional em sua vida. Além disso, no Olimpia, precisou se endividar para comprar um carro, já que seu contrato o impedia de utilizar motocicletas ou transporte público.