A qualidade dos gramados do futebol brasileiro voltou a ser pauta de discussão após jogadores iniciarem uma campanha contra o uso de gramados sintéticos. A polêmica gerou manifestações de nomes importantes do futebol, incluindo Neymar, Thiago Silva e Gabigol. No centro do debate, está a comparação entre a grama natural e a artificial, assim como os impactos na segurança e no desempenho dos atletas.
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A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) entrou no debate e iniciou um estudo sobre a relação entre gramados sintéticos e lesões. Os dados coletados serão analisados para definir se haverá restrições ao uso desse tipo de superfície em competições nacionais.
A crítica de Abel Ferreira
Após a vitória do Palmeiras por 3 a 1 sobre o Botafogo-SP, pelo Campeonato Paulista, Abel Ferreira foi questionado sobre o tema e aproveitou para criticar a qualidade dos gramados do Brasil, com destaque para o Maracanã. O treinador do Palmeiras afirmou que os campos brasileiros não passariam por uma fiscalização rigorosa de entidades internacionais.
“Me desculpem, mas se viesse aqui a UEFA regulamentar ou fiscalizar os gramados do Brasil, passava um ou dois. Se me perguntam, o natural é o que eu mais gosto. Sabe quantas vezes eu joguei no Maracanã? Umas quatro, cinco vezes. Sabem quantas vezes o gramado estava médio? Zero. Joguei uma vez com o gramado mais ou menos, sabem quando? Final da Libertadores, quando a Conmebol disse ‘vamos parar isso, precisamos de um mês para compor o gramado'”, disse.
O treinador ainda ressaltou que, apesar das críticas ao gramado sintético, ele apresenta menos riscos de lesões do que muitos campos naturais em condições precárias. Segundo Abel, o piso artificial é uniforme e não possui buracos, ao contrário de vários estádios do país.
A situação dos gramados no Brasil
Atualmente, três estádios da Série A utilizam grama sintética: Allianz Parque (Palmeiras), Nilton Santos (Botafogo) e Arena MRV (Atlético-MG). O Maracanã e a Neo Química Arena (Corinthians) adotaram um gramado híbrido, misturando natural e artificial.
A CBF estuda os impactos do gramado sintético no desempenho dos jogadores e na ocorrência de lesões. Dependendo dos resultados, a entidade pode recomendar mudanças para a temporada de 2026.