Kylian Mbappé recebeu apoio da Union Nationale des Footballeurs Professionnels (UNFP), entidade que representa jogadores profissionais na França, na disputa judicial contra o Paris Saint-Germain – que corre desde o ano passado. A organização manifestou respaldo à ação do astro do Real Madrid através de um comunicado emitido na última quinta-feira, 20.
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O atacante do Real Madrid acionou a justiça pelo pagamento de 55,4 milhões de euros (cerca de R$ 329 milhões) que não teriam sido quitados pelo PSG. De acordo com a defesa de Kylian, o valor corresponde aos salários de abril, maio e junho de 2024, além de bônus dos últimos meses de contrato com o clube parisiense.
O Sindicato classificou as rejeições da Liga Francesa de Futebol (LFP) e da Federação Francesa de Futebol (FFF) aos recursos apresentados por Kylian como “prejudiciais aos atletas que atuam e têm contratos em vigor no país”. O comunicado afirma, ainda, que a decisão da FFF dá oxigênio ao clube para repetir a ações futuramente.
“Esse retrocesso significativo por parte da LFP junto com a recente decisão da FFF, de não tomar nenhuma medida, agora permite ao clube parisiense aguardar a decisão dos tribunais civis em favor do jogador. É evidente. Trata-se de uma certeza, isso está escrito, está assinado”, informou a associação.
Federação Francesa de Futebol
A comissão de apelações da FFF decidiu se abster da disputa e não se manifestou sobre o pedido do atacante, deixando, portanto, de sancionar ou condenar o PSG. Diante disso, a briga seguirá aos tribunais civis para uma solução definitiva.
Mbappé versus PSG
A disputa parte do momento em que Kylian acabou afastado das atividades da equipe por se recusar a renovar com o PSG. Isso porque a extensão contratual daria lucros ao clube parisiense na iminente transferência ao Real Madrid, mas a falta de acordo fez com que o atacante chegasse à Espanha sem custos, livre no mercado.
O PSG alega, portanto, que o jogador concordou em abrir mão dos 55 milhões de euros centrais da disputa judicial ao não assinar o contrato. Mas a comitiva do craque contesta a validade desse processo e entende que o pagamento corresponde ao último terço de um bônus de assinatura e às últimas três mensalidades.
Um porta-voz do PSG afirmou que o clube pode buscar uma ação judicial para que a “má-fé do jogador” seja avaliada pelos tribunais. “De fato e de direito, o jogador assumiu claros e repetidos compromissos públicos e privados que o clube simplesmente pede que sejam respeitados, já que lhe concedemos benefícios sem precedentes por 7 anos em Paris. O Clube será forçado a buscar justiça se o jogador continuar essa disputa”, disse o representante à época.
Em setembro de 2024, a Comissão Jurídica da Liga de Futebol Profissional (LFP) já havia condenado o PSG a pagar a quantia exigida pelo atacante. O clube parisiense, no entanto, deixou claro que não pretendia fazê-lo e levou o caso para mediação na Comissão Conjunta da LFP. Mas, assim como na primeira instância, a decisão foi favorável a Mbappé.
O PSG, então, levou a questão ao tribunal da capital francesa a fim de reverter as decisões favoráveis ao atleta em duas instâncias da Liga Francesa de Futebol (LFP). No dia 11 de dezembro, a comissão disciplinar acatou o recurso do clube e concluiu pela inadmissibilidade da reclamação do atacante do Real Madrid.
A comissão superior de apelação da Federação Francesa de Futebol (FFF) voltou a se reunir na última semana, dessa vez sem a presença das partes. Em decisão divulgada no dia 18 de fevereiro, optou novamente por não acatar o recurso apresentado por Kylian Mbappé.