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Lucas Moura reforça manifesto contra gramado sintético e pede debate sem viés clubista
Lucas Moura voltou a se posicionar sobre o manifesto contra gramado sintético, que ganhou apoio de diversos jogadores brasileiros na última semana. O meia-atacante do São Paulo, que foi titular na vitória por 3 a 1 sobre o São Bernardo neste domingo (23), reforçou a importância do debate e pediu que o assunto não seja tratado de forma clubista.
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“Nossa primeira intenção com esse movimento é fazer as pessoas refletirem. Gostaria muito que esse debate não fosse clubista, mas sim para melhorar o futebol brasileiro. Tem outros pontos a melhorar, mas achamos esse primordial para o momento. Não é nenhum ataque contra quem usa gramado sintético, é parar para conversar um tema muito importante”, disse o jogador.
Atualmente, três clubes da Série A do Campeonato Brasileiro utilizam gramado sintético em seus estádios: Palmeiras, Botafogo e Athletico-PR. A discussão ganhou força após jogadores se manifestarem contra esse tipo de campo, argumentando que a grama artificial altera a dinâmica do jogo e pode trazer impactos físicos aos atletas.
Lucas questionou os motivos que levaram os clubes a optarem pelo sintético e afirmou que, se o futebol brasileiro quer se tornar mais atrativo e competitivo internacionalmente, precisa investir na qualidade dos gramados naturais.
“Obviamente concordo que tem muitos gramados naturais ruins, mas ninguém está brigando para tirar o sintético e continuar com gramado ruim. Estamos brigando por um gramado natural de qualidade. Por que o sintético tem que ser opção? Se tiver boa vontade, investimento e colaboração de todos, dá para ser bom. E não precisa ser um gramado Premier League, um gramado 6,5 ou 7 já está bom para começar”, argumentou o camisa 7 do São Paulo.
O jogador também comentou as declarações de Marcos Rocha, lateral do Palmeiras, que afirmou que nenhum atleta do clube alviverde foi procurado para opinar sobre o movimento. Lucas evitou polêmica, mas explicou a lógica da escolha dos participantes.
“Sobre o Marcos Rocha, é até uma questão lógica. A gente não ia falar em fazer o movimento e perguntar se ele, jogando em um clube com gramado sintético, queria participar. Não tem sentido nisso. Mas vi jogadores falando, como Felipe Melo e Dudu também. Não fizeram ataque ao Palmeiras, mas jogaram muito tempo no sintético e sabem que muda muito o jogo. Não tem comprovação científica sobre lesão, nosso ponto principal é que é outra dinâmica de jogo. Gramado tem que ser bom e ponto, não favorecer nenhuma equipe”, completou.
O manifesto contra o gramado sintético reuniu nomes de peso do futebol brasileiro, incluindo Neymar, Filipe Luís e Diego Ribas.