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O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, se manifestou pela primeira vez sobre a candidatura de Ronaldo Fenômeno ao comando da entidade. Após reunião do Conselho da Conmebol, o dirigente destacou o respeito pelo ex-atacante, mas ressaltou que as regras da confederação são estabelecidas em conjunto com Conmebol e Fifa.
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“Primeiro, nosso respeito a Ronaldo como atleta. Ele ajudou muito a seleção brasileira, principalmente na conquista do pentacampeonato mundial. Tem meu respeito como torcedor e dirigente. É normal qualquer pessoa se candidatar, desde que atenda aos pré-requisitos estabelecidos no estatuto, nas regras e na lei”, afirmou Ednaldo.
O mandatário reforçou que o foco atual da CBF está nas competições em andamento, como os Campeonatos Brasileiros das Séries A, B, C e D, além da Copa do Brasil. Segundo ele, a confederação ainda não iniciou qualquer discussão sobre o processo eleitoral.
Ednaldo também destacou mudanças recentes nas regras para candidaturas à presidência da CBF. Segundo ele, sua gestão reduziu a exigência de oito federações apoiadoras para quatro, o que, na sua visão, tornou o processo mais transparente e aberto ao debate.
“A CBF entende que é muito salutar a diversidade. Foi na nossa gestão que permitimos que isso pudesse acontecer com mais debate. A cláusula era de oito federações apoiando um candidato, e propusemos que fossem quatro. Hoje, são quatro. Tem que haver debate sobre o que é melhor para o futebol brasileiro, e cabe a quem vota, clubes e federações, julgar”, explicou.
Além do tema eleitoral, Ednaldo Rodrigues comentou sobre a polêmica envolvendo gramados sintéticos no futebol brasileiro. Segundo o dirigente, um estudo já foi encomendado para avaliar os impactos desse tipo de piso na segurança dos jogadores.
“Respeitamos todos os posicionamentos, principalmente dos atletas, que são os que jogam. Mais do que a CBF, os próprios clubes, que empregam os atletas diretamente, devem debater esse tema. A CBF, como sempre, vai estimular essa discussão”, disse.
A pesquisa está sendo conduzida pela Comissão Nacional Médica da CBF, liderada pelo doutor Jorge Pagura. “O Pagura vai apresentar um estudo aprofundado com dados do Brasil, e isso pode subsidiar clubes e atletas na tomada de decisão”, concluiu Ednaldo.