“É outro esporte”, falou o treinador
Na última terça-feira, alguns jogadores do futebol brasileiro começaram uma campanha através das redes sociais contra a utilização do gramado sintético. Nomes como Neymar, Lucas Moura, Thiago Silva, Philippe Coutinho, Alan Patrick e Gabigol fizeram parte.
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Roger Machado, técnico do Internacional, não ficou em cima do muro e afirmou estar do lado dos jogadores na campanha. Roger disse que esse assunto era preciso ser discutido pelos protagonistas. O slogan da campanha é: “Juntos pelo espetáculo. Futebol é natural, não sintético”.
Roger sempre foi um defensor de manifestações que vão além do discurso convencional sobre os jogos, e assim apoiou a atitude dos jogadores. Para o colorado, a decisão deve envolver aqueles que estão diretamente expostos.
“É outro esporte, outro tipo de terreno. O jogo fica completamente diferente. Atletas fazem bem em se manifestar. Temos três ou quatro (campos) de muito bom nível no país. Se tiver, você terá de treinar no campo sintético e, em 15 anos de atleta, causará impacto”, iniciou.
“Eles fazem um questionamento justo. Ninguém os perguntou. As decisões foram tomadas alheias ao pensamento deles”, completou.
De todos os times das Séries A e B do Campeonato Brasileiro, quatro possuem gramado sintético: Allianz Parque (Palmeiras), Ligga Arena (Athletico-PR), Nilton Santos (Botafogo) e Arena MRV (Atlético-MG). Além dos quatro estádios, hoje o Pacaembu também possuem esse tipo de gramado.
Veja o texto que os jogadores postaram nas rede sociais:
“Preocupante ver o rumo que o futebol brasileiro está tomando. É um absurdo a gente ter que discutir gramado sintético em nossos campos.
Objetivamente, com tamanho e representatividade que tem o nosso futebol, isso não deveria nem ser uma opção. A solução para um gramado ruim é fazer um gramado bom, simples assim.
Nas ligas mais respeitadas do mundo os jogadores são ouvidos e investimentos são feitos para assegurar a qualidade do gramado nos estádios. Trata-se de oferecer qualidade para quem joga e assiste.
Se o Brasil deseja definitivamente estar inserido como protagonista no mercado do futebol mundial, a primeira medida deveria ser exigir qualidade do piso que os atletas jogam e treinam.
FUTEBOL PROFISSIONAL NÃO SE JOGA EM GRAMADO SINTÉTICO!”